Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Castro, Camila de Moura |
Orientador(a): |
Gurgel, Idê Gomes Dantas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60605
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Resumo: |
O presente estudo como objetivos a compreensão acerca da percepção de mulheres privadas de liberdade, na Colônia Penal Feminina do Recife – PE (CPFR), sobre os aspectos relacionados à sua saúde mental; a identificação do que as mulheres privadas de liberdade compreendem por saúde mental; a investigação dos aspectos contextuais que elas relacionam a sua saúde mental; e a investigação dos processos que possam interferir em sua saúde mental. Se trata de uma pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, na qual foram utilizados a observação participante, diário de campo e entrevista semiestruturada. Como resultados principais, compreendendo a prisão como mais um aparato não só de controle social, mas também de manutenção da ordem de gênero hegemônica, buscando domesticar as mulheres ali presas. Questões do sistema prisional brasileiro, tais como a superlotação dos presídios, encarceramento em massa, seletividade penal e guerra às drogas, demonstraram-se realidades também entre as mulheres da CPFR. Por trás das grades, a construção de uma identidade enquanto mulher presa se mostrou baseada principalmente no estigma que esta condição apresenta. Com relação à compreensão das mulheres acerca de sua saúde mental, seus discursos se apresentaram principalmente relacionados à loucura e ao adoecimento, associando em algumas vezes esta situação ao uso de medicamentos psicotrópicos. Entre elas, a percepção de que a privação de liberdade gerou impactos à sua saúde mental foi consistente. A tristeza, a irritabilidade e a agressividade foram as principais sensações referidas ao tratarem do impacto percebido, de forma que não só a solidão muito recorrente entre seus discursos, mas também as condições de vida inerentes ao cárcere e a sensação de humilhação resultantes delas, demonstraram-se como pontos principais no que tange ao sofrimento apresentado, além do afastamento familiar. |