Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Jonatas Amorim |
Orientador(a): |
Rocha, Ricardo Moratelli Mendonça da,
Gentile, Rosana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39810
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Resumo: |
O Maciço da Pedra Branca abriga a maior floresta urbana das Américas. Grande parte desse remanescente florestal está inserida no Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), ocupando uma área de mais de 12.000 hectares, o que equivale a 10% da área da cidade do Rio de Janeiro. A Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica (EFMA, 22°56'25" S, 43°24'18" O), pertencente à Fundação Oswaldo Cruz, situa-se na vertente leste da Pedra Branca, sobrepondo sua área com o PEPB e sua zona de amortecimento. A EFMA tem uma área de 430 hectares, dos quais, 262 ha (61%) estão sobrepostos ao PEPB, compondo o principal remanescente de Floresta Ombrófila Densa de Baixada e Submontana da região de Jacarepaguá. O objetivo deste estudo foi identificar a fauna de pequenos mamíferos terrestres e voadores autóctones (roedores, marsupiais e morcegos) da EFMA, cobrindo ambientes de peridomicílio, borda e interior de floresta em estado avançado de regeneração. Para morcegos foram realizadas 55 noites de amostragens utilizando redes de neblina (9 x 3 m), totalizando 59.400 m².h de esforço amostral. Para pequenos mamíferos terrestresroedores e marsupiaisforam feitas três amostragens de julho a novembro de 2017. Foram capturados 557 indivíduos de 23 espécies de morcegos, distribuídas nas famílias Phyllostomidae, Molossidae e Vespertilionidae, sendo a maioria dos indivíduos de espécies consideradas plásticas no uso do ambiente. Para roedores e marsupiais, foram registrados 31 indivíduos pertencentes às espécies Didelphis aurita, Monodelphis americana e Oligoryzomys nigripes, além de registros visuais de três outras espécies Considerando toda a taxocenose, foi observada uma abundância de algumas espécies plásticas, como A. lituratus, C. perspicillata. D. aurita. A fauna de morcegos foi semelhante a de outras áreas de Mata Atlântica do RJ, sinalizando para a insularização ocorrente nessas áreas, ocasionada pela perda e fragmentação dos remanescentes, evidenciando a necessidade da conservação de áreas naturais e criação de planos e estratégias de conservação para a preservação dessas espécies. A riqueza de espécies de pequenos mamíferos terrestres foi semelhante à outras áreas de vegetação de MA do bloco Metropolitano, da Reserva Biológica de Poço das Antas (RBPA) e áreas antropizadas do bloco Serrano Central, porém bem menor do que a riqueza dos blocos Norte, Sul Fluminense e Serra da Mantiqueira, onde o número de espécies é superior com algumas espécies especialistas. A composição de espécies foi mais semelhante às áreas do bloco Metropolitano e RBPA, do que dos outros blocos comparados, com predominância de espécies generalistas/oportunistas, devido ao gradiente de antropização em que essas áreas se encontram. O presente estudo chama atenção para a possível redução da biodiversidade em áreas florestais e ambientes urbanos, cujas pressões antrópicas podem estar favorecendo espécies generalistas e oportunistas em detrimento de outras de hábitos mais restritos. |