Câncer infanto juvenil: trajetória dos casos com suspeição realizada em unidades não especializadas no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Martha Andrade Vilela e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44466
Resumo: Objetivo: Analisar as características e a trajetória, entre o início dos sintomas e o início do tratamento, de crianças e adolescentes, com suspeita de câncer, encaminhados por unidades de atenção primária, através do fluxo da Iniciativa Unidos pela Cura (IUPC), que tiveram o diagnóstico confirmado nos Polos de Investigação Diagnóstica (PID)/Tratamento (PID/T) no município do Rio de Janeiro. Método: Estudo descritivo dos 13 casos de câncer infanto juvenil encaminhados através do fluxo da IUPC, a partir de suspeição diagnóstica na rede de atenção primária, no período de outubro de 2008 a junho de 2011. Foram utilizadas as seguintes fontes de dados: Sistema de Informação da IUPC (para a seleção dos casos), prontuários das unidades de atenção primária e dos PID/T e entrevistas com as mães para, estabelecimento e análise dos intervalos de tempo, descrição das características clínicas, recursos utilizados para o diagnóstico e tratamento e perfil demográfico dos pacientes, e situação socioeconômica das crianças/adolescentes e suas famílias. Resultados: Onze das 13 famílias residem em favelas e vivem com < de 2 SM/mês. Os 13 casos tiveram a suspeição por pediatras treinados e/ou que trabalham com outros médicos capacitados para a suspeição precoce. Na avaliação de 85% das mães, o encaminhamento, via fluxo IUPC, facilitou muito o atendimento no PID. Os intervalos de tempo encontrados foram: mediana de 3 dias entre suspeição diagnóstica e atendimento no PID; mediana de 5 dias entre diagnóstico e tratamento; mediana de 7 dias entre primeira consulta e suspeição e entre atendimento no PID e diagnóstico; mediana de 15 dias entre início de sintomas e primeira consulta; mediana de 24 dias entre primeira consulta e diagnóstico; mediana de 51 dias entre primeira consulta e início do tratamento e mediana de 102 dias entre início dos sintomas e diagnóstico. Conclusões: A análise da trajetória dos casos mostra que a capacitação de médicos para a suspeição precoce e a definição e garantia de fluxo para a investigação diagnóstica em unidades de maior complexidade, conforme proposta da IUPC, podem contribuir para a detecção precoce do câncer infanto juvenil. O estudo também identifica pontos críticos relacionados a procedimentos diagnósticos e terapêuticos em oncopediatria.