Protocolos e diretrizes clínicas: uma análise moral na tomada de decisão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Flávia Gonçalves Coelho de Souza e
Orientador(a): Rego, Sergio Tavares de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37174
Resumo: As incertezas na medicina sempre permearam a prática médica. A partir da década de 90 com o surgimento da medicina baseada em evidências, as certezas pareciam ter sido conquistadas. As melhores evidências obtidas a partir dos resultados da pesquisa clínica penetrariam na medicina numa busca pelas certezas das ações e a conquista do pretenso poder sobre o controle na determinação da sobrevivência do paciente com a ascensão da biotecnologia. Os protocolos e diretrizes clínicas começaram a surgir como recomendações normativas atreladas a várias abordagens terapêuticas que tomaram por bases os estudos que têm na medicina baseada em evidências para compor as suas estruturações. Nesse contexto, os protocolos e diretrizes clínicas acabaram por serem utilizados às políticas públicas, instituições públicas ou privadas como forma de apoio às análises quantitativas, qualitativas e econômicas sobre prevenção, qualidade de assistência, riscos, investimentos e controle de custos. Apesar das limitações inerentes nas suas bases de estruturação, os protocolos e diretrizes clínicas permanecem com suas utilidades defendidas, agora já incorporadas na prática médica, como meios para justificar as ações trazendo-os até o campo da relação médico-paciente na tomada de decisão. Nesse trabalho pretendeu-se investigar através de uma pesquisa quantitativa e qualitativa de artigos científicos nos últimos 10 anos, sobre o conhecimento e aplicação dos protocolos e diretrizes clínicas sob uma análise moral, tendo como pano de fundo os conflitos morais, éticos e de interesse e a relação médico paciente transformada e desigual no processo decisório.