Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luz Helena Villamizar |
Orientador(a): |
Soares, Maurilio José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/15584
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Resumo: |
A presente dissertação teve por objetivo avaliar o potencial tripanocida in vitro dos óleos essenciais (OEs) de Piper hispidinervum (pimenta longa) e Piper aduncum (pimenta de macaco) sobre diferentes formas evolutivas de Trypanosoma cruzi clone Dm28c (epimastigotas; amastigotas intracelulares; tripomastigotas metacíclicas e de cultivo). O OE de pimenta longa é rico em safrol e demonstrou baixa atividade contra T. cruzi (IC50/24h>100 μg/ml para formas epimastigotas e tripomastigotas) e leve citotoxicidade contra células Vero. O OE de pimenta de macaco foi efetivo contra formas epimastigotas (IC50/24h=84,74 μg/ml), sendo porém mais eficaz contra formas tripomastigotas metacíclicas (12,1 μg/ml) e de cultura a 28°C (2,8 μg/ml). Os valores obtidos com formas tripomastigotas foram melhores do que os obtidos com a droga de referência benzonidazol a 28°C (IC50/24h=16,1 μg/ml). Entretanto, contra formas amastigotas o benzonidazol foi mais ativo que o OE de pimenta de macaco (IC50/24h=0,8 μg/ml e 9 μg/ml respectivamente). Testes realizados com tripomastigotas de cultura a 4°C (mesma condição térmica de armazenamento de bolsas de sangue) demonstraram alta atividade do OE de pimenta de macaco (IC50/24h = 3,8 μg/ml), em comparação com os resultados obtidos com a droga de referência violeta de genciana (IC50/24h=60,7 μg/ml). Avaliação da citotoxicidade do OE de pimenta de macaco contra células Vero a 37°C (CC50/24h=42,8 μg/ml) e hemácias a 4°C (CC50/24h=351,6 μg/ml) demonstrou um alto índice de seletividade (IS) contra tripomastigotas (11,26 e 92,52, respectivamente). Estes índices sugerem que o OE de pimenta de macaco não é um candidato favorável para pacientes chagásicos, mas sim um composto promissor para tratamento de bolsas de sangue. Ensaios por citometria de fluxo evidenciaram que o OE de pimenta de macaco não afeta o ciclo celular de formas epimastigotas, mas inibe consideravelmente o potencial da membrana mitocondrial destas formas. Análise por microscopia eletrônica de transmissão demonstrou que tratamento de tripomastigotas com 3,8 μg/ml (correspondente ao IC50/24h) produz danos ultra-estruturais como lise de membranas e perda de citoplasma. Análise por Cromatografia de Gases e Espectroscopia de Massas (CG-EM) demonstrou que os constituintes majoritários do OE de pimenta de macaco são nerolidol e linalol (25% e 13,42% respectivamente). Testes com tripomastigotas de cultura a 4°C demonstraram que nem sempre o constituinte majoritário de um OE é o mais eficiente como tripanocida, pois linalol apresentou melhor efeito tripanocida (IC50/24h=306 ng/ml) que nerolidol, o qual não induziu alterações visíveis por microscopia óptica. Nossos dados indicam que linalol é um composto promissor contra tripomastigotas, pois foi 168,6 vezes mais eficiente que benzonidazol em testes com formas tripomastigotas de cultura. Em conclusão, as propriedades tripanocidas do OE da pimenta de macaco e seu constituinte linalol devem ser estudadas mais aprofundadamente, especialmente devido à sua seletividade contra tripomastigotas de cultura. Linalol surge como um potencial candidato a uma droga para aplicação em tratamento de bolsas de sangue. |