Microscopia confocal de reflectância (RCM)no diagnóstico de neoplasias da pele

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Braghiroli, Naiara Abreu Fraga
Orientador(a): Rabinovitz, Harold S
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30511
Resumo: INTRODUÇÃO: Desde sua introdução na prática da clínica médica, a Microscopia Confocal de Reflectância (MCR) vem contribuindo no diagnóstico não invasivo de neoplasias benignas e malignas da pele. Ela tem sido utilizada como ferramenta auxiliar em lesões com achados equívocos ao exame clínico e dermatoscópico. A MCR tem reduzido substancialmente a necessidade de realização de biópsias de lesões benignas, especialmente em locais anatômicos de difícil acesso cirúrgico. Os resultados obtidos tem demonstrado excelente correlação com os aspectos histológicos, articulando-se como uma ponte entre a dermatoscopia e a histopatologia. Os aprimoramentos tecnológicos na funcionalidade e dimensões das sondas, e a subsequente disponibilização de equipamentos mais compactos, como o Vivascope 1500 e o Vivascope 3000, vêm, progressivamente, revolucionando a abordagem médica das neoplasias cutâneas. Assim, a MCR é atualmente reconhecida como uma ferramenta adjunta no diagnóstico in vivo não invasivo de neoplasias cutâneas, na delimitação de margens tumorais e no monitoramento da resposta ao tratamento não cirúrgico do câncer de pele. OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo o estabelecimento de critérios na MCR de lesões cutâneas equívocas, e correlaciona as características observadas com os aspectos histológicos, no sentido de validar uma ferramenta diagnóstica não invasiva, que permita diferenciar, com significativa precisão, as neoplasias benignas e malignas da pele. CONCLUSÕES: Os aspectos morfológicos observados à MCR na avaliação das estruturas da pele mostram equivalência com os achados histológicos, permitindo plena comparação entre as imagens da microscopia confocal e as imagens histopatológicas. O equipamento de MCR com pistola portátil (handheld ) (HH-RCM) permite o acesso a áreas anatômicas curvadas e pode ser aplicado diretamente à superfície cutânea, sem a necessidade do anel de fixação, tornando o exame da microscopia confocal mais factível e rápido. O modelo HH-RCM é capaz de diagnosticar com precisão pápulas solitárias faciais inespecíficas, dentre elas: carcinoma basocelular (CBC), tricoblastoma desmoplásico, carcinoma escamocelular (CEC), hiperplasia sebácea e nevo melanocítico intradérmico. O equipamento tradicional para realização da MRC, assim como o modelo portátil HH-RCM, demonstram um alto valor preditivo positivo no diagnóstico do CBC. O modelo tradicional mostra um valor preditivo negativo maior que o modelo portátil, devido ao seu campo de visão mais largo, oferecendo uma visão da arquitetura total das lesões maiores que 1,0 mm. A MCR se mostrou precisa no diagnóstico de ceratose seborréica clonal, enquanto que, ao exame clínico e à dermatoscopia, aparenta aspecto semelhante ao melanoma maligno da pele. A mucinose dérmica focal, apesar de clinicamente se assemelhar ao CBC, mostra características na MCR que permitem sua diferenciação do CBC. A MCR permite caracterizar o CEC pigmentado pela presença do padrão de favo de mel atípico nas camadas granulosa e espinhosa da epiderme, associado a presença dos pequenos círculos brilhosos ao redor das papilas dérmicas. O padrão de distribuição dos vasos ao nível da junção dermo-epidérmica e derme papilar é relevante para o diagnóstico do CEC cutâneo. O sinal da “casa de botão” na MCR associado ao padrão de favo de mel atípico ao nível epidérmico é importante no diagnóstico do CEC in situ.