Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Aline Ferreira |
Orientador(a): |
Avanci, Joviana Quintes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55280
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Resumo: |
A autolesão compreende um ato deliberado e intencional de lesionar o tecido corporal de seu próprio corpo, que se expressa de diversas maneiras, para além do cutting (os cortes), o mais conhecido. É um tema complexo do ponto de vista semântico e teóricoconceitual, que tem cada vez mais chamado a atenção, não só pela gravidade e quantidade de casos que tem chegado a serviços de saúde, mas pela proliferação do tema em páginas da internet. O objetivo desta pesquisa é compreender os sentidos e significados atribuídos por adolescentes à autolesão e sua exposição e interação nas redes sociais virtuais. Baseiase em um estudo qualitativo, a partir da análise de 17 entrevistas realizadas com adolescentes e responsáveis de Porto Alegre (RS) e Dourados (MS),que explicitamente mencionaram a prática da autolesão e o acesso a conteúdo sobre cortes e tentativa de suicídio nas redes sociais virtuais. A análise de conteúdo de Laurence Bardin foi a técnica utilizada. A maior parte dos casos analisados eram meninas com idades entre 12 e 17 anos. Metade dos adolescentes se feriu pela primeira vez aos 12 anos, com relatos também de início em idades mais tenras. O ato de se cortar foi o mais recorrente. Ansiedade, tristeza e raiva precediam o ato de se ferir, e o alívio era a sensação alcançada. Seis adolescentes relataram a autolesão concomitante ao comportamento suicida. O isolamento social, a perda de amizades e a ausência de uma rede de apoio foram recorrentes, além de relações conflituosas no núcleo central familiar e a perda de vínculos (especialmente no ambiente escolar) devido a experiência de bullying e cyberbullying cometido por colegas de turma. O acesso e o compartilhamento de conteúdos e as interações em grupo on-line sobre autolesão e comportamento suicida desempenhou uma dupla função aos adolescentes entrevistados: tanto possibilitou a construção de vínculos, o compartilhamento de experiências e a oferta de apoio quanto serviu de modelo e normalizou comportamentos autolesivos. |