Eco-epidemiologia das leishmanioses em Jaboticatubas, Serra do Cipó, um importante pólo turístico de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lana, Rosana Silva
Orientador(a): Dias, Edelberto Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9935
Resumo: A proposta deste estudo foi avaliar a transmissão das leishmanioses no município de Jaboticatubas, Serra do Cipó, região turística de Minas Gerais. Para tal, foram realizados estudos entomológicos e de reservatórios urbanos da doença. Para os estudos entomológicos foram selecionados oito bairros, levando-se em consideração a ocorrência de casos humanos, e colocadas armadilhas luminosas do tipo HP, no peridomicílio de 10 residências, durante três noites consecutivas por mês, entre maio de 2012 a abril de 2013. A fauna flebotomínica estudada foi composta de 3.104 exemplares, sendo bastante diversificada com 17 espécies do gênero Lutzomyia e duas fêmeas do gênero Brumptomyia. Com relação às espécies de importância médica e também numerosas, ressaltamos o encontro de Lu. whitmani (33,80%), Lu. Intermédia (14,60%) e Lu. longipalpis (7,96%). A taxa de infecção natural geral dos flebotomíneos por Leishmania foi de 3,40%. Foram analisados 249 “pools” de diferentes espécies de flebotomíneos, dentre estes 32 estavam positivos. Para o estudo da taxa de infecção canina, realizou-se inquérito censitário em cães domiciliados em área urbana do município. Foram coletadas 1.105 amostras de soros que foram testadas por meio do DPP® e as positivas confirmadas as infecções através do Ensaio Imunoenzimático ELISA, obtendo-se a taxa média de prevalência canina de 7,78%. Dos 86 cães positivos, foi escolhida uma amostra aleatória de 11 deles, que foram necropsiados e com as amostras de biópsia de tecidos obtidas foram realizados “imprints”, cultura de parasitos e PCR. Foi realizado o georreferenciamento na zona urbana de todos os casos caninos e humanos de leishmanioses dos últimos 6 anos, e construído um mapa mostrando a distribuição dos casos. A PCR de aspirado medular apresentou maior positividade (63,60%) em relação à pele (9,00%). Já nos “imprints”, a taxa de positividade da pele foi de 36,36% e de medula 0%. Quanto à cultura de aspirados de medula óssea, a positividade foi de 27,27%. Nossos resultados indicam a urbanização das leishmanioses no município, devido à alta densidade vetorial e infecção por Leishmania, expressiva taxa média de prevalência de infecção canina e recentes registros de casos humanos, Portanto, é importante intensificar as ações de controle a fim de evitar que o problema se agrave no município.