Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Mourão, Maria Vitória Assumpção |
Orientador(a): |
Rabello, Ana Lúcia Teles |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10004
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Resumo: |
No Brasil, observa-se aumento dos casos de leishmaniose visceral (LV) nos últimos anos, associado à alta letalidade. É necessária a identificação de indicadores sensíveis e específicos que reconheçam precocemente a gravidade e possibilitem intervenção imediata e adequada. O objetivo do presente estudo prospectivo foi correlacionar parâmetros clínicos e laboratoriais e carga parasitária à evolução da LV em crianças. Foram incluídas 48 crianças com diagnóstico de LV, internadas no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, de junho de 2010 a junho de 2011. Os pacientes foram avaliados clinicamente e tiveram amostras de sangue periférico coletadas antes (T0), entre 10 e 15 dias (T1) e entre 40 e 60 dias (T2) após início do tratamento. Nestas amostras, a carga parasitária foi quantificada por PCR quantitativa em tempo real (qPCR), sendo o gene alvo a SSU rRNA de Leishmania. Evolução grave foi definida como internação em UTI ou administração de amina vasoativa, ventilação mecânica ou hemotransfusão. As manifestações clínicas mais observadas à admissão foram febre, palidez e hepatosplenomegalia, associado à pancitopenia, elevação das aminotransferases hepáticas e hipoalbuminemia. A positividade da RIFI e dos testes rápidos Kalazar Detect® e Diamed-IT Leish® foi de 66,7%, 85,4% e 100%, respectivamente. Observou-se elevada positividade (100%) em exames de PCR convencional em sangue periférico e aspirado de medula óssea. Como tratamento específico, administrou-se Glucantime® em 45,8%, anfotericina B desoxicolato em 35,5%, anfotericina B lipossomal em 8,3% e associação de anfotericina B lipossomal e Glucantime® em 10,4% dos pacientes. Considerou-se que 56,2% das crianças apresentaram evolução grave, mas sem nenhum óbito. Em T2, todos apresentavam melhora clínica. A classificação por critérios de gravidade proposta pelo Ministério da Saúde em 2006 foi aplicada à admissão, não apresentando boa acurácia para detecção de casos com evolução grave. O qPCR apresentou bom desempenho e foi positivo em todas as crianças em T0. Observou-se variação ampla da carga parasitária em T0, não correlacionada a características clínicas e laboratoriais, a critérios de gravidade e escores preditores de óbito à admissão e à evolução grave durante a internação. Redução significativa do número de cópias do fragmento gênico foi constatada em T1 e T2, que não variou de acordo com a medicação usada. Identificaram-se como fatores de risco para evolução grave idade menor do que 12 meses, taquidispneia, infecção, hepatomegalia volumosa, anemia, plaquetopenia e hipoalbuminemia à admissão. |