Associação entre poluição do ar e morbimortalidade por doenças cardiorespiratórias no Município de Volta Redonda, RJ, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Marcio Sacramento de
Orientador(a): Koifman, Sergio, Mattos, Inês Echenique
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34307
Resumo: Este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos da poluição do ar sobre as doenças respiratórias e cardiovasculares da população residente no município de Volta Redonda, entre janeiro de 2002 a dezembro de 2006. Foram adotados dois delineamentos epidemiológicos, um estudo de séries temporais e outro de geoprocessamento, utilizando dados diários de óbitos e internações por doenças respiratórias e cardiovasculares (CID-10, J00-J99 e I00-I99) para o total da população, para crianças e idosos. Os óbitos respiratórios também sofreram estratificação por sexo. Os níveis diários de PM10, SO2 e O3, temperatura mínima e umidade relativa do ar também foram analisados. Foram montados Modelos Aditivos Generalizados de regressão de Poisson para análise das séries temporais. Na análise espacial dos óbitos foi empregada a estimativa de Kernel para interpolação dos desfechos. Os resultados demonstraram associação positiva entre os poluentes e a maioria dos desfechos, sobretudo com relação ao PM10. O SO2 apresentou os maiores percentuais de risco, enquanto que o O3 somente mostrou-se significativamente associado ao aumento dos óbitos por doenças respiratórias em homens idosos. O território de maior ocorrência de óbitos esta localizado ao Sul da Companhia Siderúrgica Nacional. O estudo mostrou padrões distintos quanto à tendência, magnitude de efeito e tempo de defasagem à exposição segundo sexo. Esses resultados reforçam a necessidade de estudos adicionais, centrando-se na modificação de efeito da poluição atmosférica sobre a saúde humana, considerando-se o sexo como fator de susceptibilidade, sobretudo em idosos. A distribuição e análise espacial mostraram que devem compor os modelos para a avaliação de associação, considerando a estratificação por faixa etária e por sexo.