Estudo do sistema inato de defesa de Biomphalaria tenagophila (d’Orbigny, 1835) frente ao Schistosoma mansoni Sambon, 1907

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mattos, Ana Carolina Alves de
Orientador(a): Coelho, Paulo Marcos Zech
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20808
Resumo: A fenoloxidase (PO) é uma enzima envolvida no processo de mel anização. A melanização é um mecanismo de defesa contra patógenos , muito importante para diversos invertebrados, inclusive , alguns artigos já descreveram a existência dessa enzima em Biomphalaria glabrata . Utilizando B. tenagophila (linhagem resistente Tai m e linhagem susceptível Cabo Frio) , tentou - se esclarecer, por meio de experimentos “ in vivo ” e “ in vitro ” , a real importância des s e sistema enzimático no processo de resistência da Biomphalaria ao S. mansoni . Verificou - se que , apesar do sistema fenoloxida se apresentar , em alguns experimentos , uma atividade significativamente maior, principalmente na linhagem Taim, na presença do S. mansoni , não foi possível afirmar que es s e sistema tem importância no mecanismo de resistência da B. tenagophila Taim contra S . mansoni , pois a ativação enzimática ocorreu em todas as linhagens testadas. Quando os testes da atividade enzimática foram realizados , utilizando Echistosoma paraensei (trematódeo, digenea) , que infecta a linhagem Taim , os resultados foram semelhantes. O utro aspecto estudado neste trabalho foi a resposta do sistema interno de defesa (SID - hemócitos, fração solúvel e hemolinfa total) da B. glabrata e B. tenagophila (Taim e Cabo Frio) , frente aos esporocistos secundários, obtidos de caramujos B. glabrata i nfectadas. Já foi descrito na literatura o processo de mascaramento/mimetismo molecular como mecanismo de evasão do parasito. Assim, utilizando os esporocistos secundários, foi possível demonstrar que os esporocistos primários são mais afetados pelo SID da Biomphalaria (principalmente Taim) do que os esporocistos secundários. Os esporocistos primários apresentaram maior mortalidade e danos no tegumento do que os esporocistos secundários. No entanto, a inoculação dos esporocistos secundários, provenientes de B. glabrata , obteve sucesso apenas na espécie análoga, resultando na eliminação de cerc á rias , trinta dias após a inoculação. O mesmo não ocorreu nas linhagen de B. tenagophila Taim e Cabo Frio. Des s a forma, o mimetismo/mascaramento molecular é um mecanism o possível, porém experimentos utilizando esporocistos secundários provenientes da B. tenagophila são necessários para verificar a real importância desse processo como mecanismo de escape do parasito em relação a B. tenagophila Taim