Conta-me tudo: representações de doença na filmografia de Pedro Almodóvar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Costa Junior, Ives Mauro Silva da
Orientador(a): Nascimento, Dilene Raimundo do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6117
Resumo: Os estudos sobre doenças possibilitam análises sobre articulações e mudanças na sociedade. A doença quase sempre é um elemento de desorganização e reorganização social. Os estudos nesse campo devem levar em conta a articulação entre a patologia de uma época, a configuração histórica e ideológica que a contextualiza e o estágio de desenvolvimento da Medicina. Ao avaliarmos a dimensão social da doença, trilhamos um dos caminhos para a compreensão de uma sociedade, uma vez que esta funciona como suporte e expressão da mesma. Doença é uma construção social e um indivíduo doente sempre o é em função da sociedade e segundo moldes fixados pela mesma. Dessa maneira, podemos pensar a doença como um objeto histórico, uma vez que esta é fenômeno social, ao mesmo tempo em que transforma a sociedade. Ao perceber que doenças são representações carregadas de culpa e comiseração o Cinema as usou como tema, personagens ou pano de fundo, construindo painéis de uma determinada época ou sociedade. Este trabalho pretende discutir a construção do doente na filmografia de Pedro Almodóvar, uma vez que percebo que este as usa como elemento de transformação de indivíduos ou da própria sociedade.