Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Solange Glória de |
Orientador(a): |
Verani, José Fernando de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24209
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Resumo: |
Introdução: A transição demográfica teve impacto na transição epidemiológica, reduzindo a morbidade e mortalidade por doenças infecciosas fazendo emergir um grupo importante, o das doenças crônicas não transmissíveis, sendo que desse grupo a hipertensão e diabetes constituem um problema grave de saúde publica mundial, onde os profissionais de saúde da rede básica têm grande importância nas estratégias de controle desses agravos, buscando a implementação de modelos de atenção individuais e coletivos, que motivem o paciente a não abandonar o tratamento, reduzindo complicações e a carga de morbi-mortalidade desses agravos e a busca por serviços de urgência e emergência para solução rápida dessas complicações. O estudo do perfil desses agravos no município de Dourados contribuirá para a reorganização da rede de atenção local. Objetivo: Caracterizar, segundo o perfil sócio-demográfico e epidemiológico, os pacientes Hipertensos e/ou Diabéticos atendidos no Serviço de Urgência e Emergência do SUS no Município de Dourados (MS), no período de abril a julho de 2010. Material/Métodos: Trata-se de estudo transversal, descritivo, realizado com dados primários coletados por meio de entrevistas aplicadas aos usuários do SUS que buscaram atendimentos de urgências e emergências no Hospital da Vida no município de Dourados-MS. Foram selecionados usuários admitidos com diagnóstico de Hipertensão e/ou Diabetes, com 20 anos ou mais, de ambos os sexos, residentes ou não no município e feita uma amostragem por conveniência, de 200 pacientes. Alem das variáveis socioeconômicas e demográficas, outras foram pesquisadas como: motivo da procura, utilização anterior do serviço de urgência e emergência, cadastro em programa de hipertensão e/ou diabetes, acompanhamento da doença na UBS, data da ultima consulta, tratamento medicamentoso, seguimento de dieta, visita da ESF e PACS e prática de atividade física, Resultados: Dos entrevistados 94,5% eram hipertensos, maior freqüência do sexo feminino (57%), a faixa etária prevalente foi de 60 a 70 (59,5%), classe econômica baixa, grande percentual de analfabetos (32,5%), predominância da raça parda e negra (68%) e um percentual significativo de viúvos (33,5%). As demais variáveis mostraram que 96% conheciam UBS próximo ao domicilio, 93% informaram receber visita da ESF ou PACS, porém só 57% fazem acompanhamento da doença. Quase metade dos entrevistados (48,5%) já procurou o serviço de urgência e emergência anteriormente no último ano e 66,5% não procuraram a UBS ou PAM antes de ir ao serviço. O motivo pela procura mais prevalente foi PA elevada com PA e Glicemia elevada (42,9%). Dos 114 pacientes que relataram fazer acompanhamento, 112 estão inscritos no programa, pouco mais da metade relatou segui dieta (55,3%), já na prática de atividade física somente 23% pratica regularmente. A maioria dos pacientes que passaram pelo serviço de urgência e emergência relatou ter passado por consulta há um mês (71,1%) Conclusão: os pacientes Hipertensos e/ou Diabéticos entrevistados no serviço de urgência e emergência de Dourados são: a maioria Hipertensos, idosos, do sexo feminino, situação econômica baixa, pouca escolaridade, pardos e negros, com predominância de casados e viúvos. Apesar do alto percentual de pacientes que tem UBS próximo ao domicílio, receberem visita das ESF ou PACS, muitos ainda não estão em acompanhamento da doença e os que já o fazem, continua procurando o serviço de urgência e emergência para resolver os problemas das complicações da doença. É necessária avaliar a assistência ofertada no município para esses grupos de doentes e adotar medidas necessárias para incentivar a adesão do tratamento para aqueles que ainda não o fazem. |