Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Rômulo de Paula |
Orientador(a): |
Hochman, Gilberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17717
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Resumo: |
A tese trata das relações entre saúde e desenvolvimento nos projetos para a região amazônica entre 1946 e 1966. O recorte cronológico se relaciona ao início das discussões parlamentares sobre a criação de uma agência estatal que seria responsável pela recuperação da Amazônia. Em 1953, foi criada a Superintendência de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA), que teria sua trajetória interrompida em 1966, quando a ditadura militar brasileira acabou com a agência, substituindo-a pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM). Estes debates ocorreram em um contexto internacional de urgência do desenvolvimento, que, através de discurso e ação, tinha como objetivo evitar o avanço do comunismo sobre os países considerados subdesenvolvidos e ampliar a influência dos Estados Unidos da América na América Latina. A saúde passou a ser considerada como mais uma ferramenta neste processo, em especial devido à crença otimista de que a ciência e a tecnologia disponíveis seriam capazes de controlar e até mesmo erradicar as doenças existentes. Sob a coordenação da SPVEA, foram elaboradas políticas de saúde voltadas para elevar os índices de alimentação dos habitantes da Amazônia e para o controle (e posterior erradicação) da malária, considerada a principal doença da região. Este foi também o período da ascensão da nutrição brasileira. Médicos como Josué de Castro e Dante Costa escreveram e elaboraram projetos que tinham o intuito de acabar com a desnutrição e a fome na Amazônia. Por fim, a tese aborda a construção da Rodovia Belém-Brasília, erguida durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Conceitos sobre a natureza, a civilização e a própria Amazônia foram mobilizados para a construção da rodovia. Com intensa propaganda dos colaboradores do governo, a Belém-Brasília foi divulgada como sendo a vitória definitiva da civilização sobre a natureza bravia e aterradora. Permeando o recorte temporal da tese, está a dinâmica política do período democrático, no qual os planos de desenvolvimento da Amazônia foram debatidos sob um intenso contexto de disputas políticas regionais, nacionais e entre os principais partidos políticos da época. |