Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Maior, Marta da Cunha Lobo Souto |
Orientador(a): |
Andrade, Carla Lourenço Tavares de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48081
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Resumo: |
No Brasil, os medicamentos são os principais agentes causadores de intoxicação, mas as informações sobre intoxicação medicamentosas estão dispersas em vários sistemas de informação. Este estudo teve como objetivo analisar as notificações, internações e a mortalidade relacionadas às intoxicações medicamentosas registradas no Brasil, entre 2011 e 2015. Para tal, foi realizado um estudo descritivo utilizando os arquivos do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) desidentificados e vinculados cedidos pelo DATASUS. Foram selecionadas as notificações por intoxicação exógena causadas pelo agente tóxico medicamento, as internações cujo diagnóstico principal e/ou secundário e os óbitos cujas causas de morte eram um dos códigos da CID-10 relacionados às intoxicações medicamentosas. A região Sudeste e a faixa etária de 20 a 39 anos foram responsáveis pela maioria dos registros dos três sistemas de informação. As tentativas de suicídio representaram 58,4% dos registros no SINAN. Os principais agentes tóxicos foram, entre as notificações, clonazepam, amitriptilina e carbamazepina; nas internações, \2018outros fármacos e os não especificados\2019, os \2018múltiplos fármacos e substâncias psicoativas\2019 e os \2018antiepilépticos, sedativohipnóticos e antiparkinsonianos\2019 e, no óbito, foram \2018outros fármacos e os não especificados\2019, os \2018antiepilépticos, sedativo-hipnóticos e antiparkinsonianos\2019 e os \2018analgésicos, antitérmicos e antirreumáticos não opiáceos\2019. Por meio dos dados vinculados, foram identificados registros múltiplos no SINAN e no SIH que se referiam a mesma intoxicação. Entre todos os registros, apenas 118 pessoas possuíam registros nos três sistemas de informação com data compatível para ser a mesma intoxicação. O conjunto final de dados sobre intoxicações medicamentosas no período foi de 175.092 notificações, 133.375 internações e 6.717 óbitos. Assim, apenas um sistema de informação é insuficiente para descrever o panorama das intoxicações medicamentosas no país. As circunstâncias e classes terapêuticas envolvidas parecem reflet ir importantes questões sobre a saúde mental apesar da dificuldade de interpretação das classes terapêuticas envolvidas nas internações e nos óbitos. |