Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Angélica Ferreira Bêta |
Orientador(a): |
Barbosa-Lima, Maria da Conceição de Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50629
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Resumo: |
Os debates em torno dos processos de ensino e aprendizagem da pessoa com deficiência têm sido constantes em pesquisas das áreas de Educação e Ensino. Entretanto, muitos desses debates ainda mantêm suas referências em teorias que reforçam a deficiência e não as potencialidades e os recursos que permitem o acesso aos diferentes saberes por esses sujeitos. Nesse sentido, este trabalho é fruto de nossa busca por práticas docentes que valorizam os sujeitos e os diferentes caminhos para aprender. Seu objetivo é, portanto, analisar o processo de ensino e aprendizagem de fenômenos científicos vinculados à Física, em alunos com deficiência visual, a partir das intervenções entre os sujeitos e suas atividades. Seus dados foram coletados no primeiro semestre de 2019, durante quatro encontros da oficina pedagógica que desenvolvemos no Instituto Benjamin Constant, instituição federal de ensino, voltada às questões da deficiência visual. A metodologia aplicada nas oficinas consistia na apresentação de uma história infantil que abordava alguns fenômenos físicos e os alunos, coletivamente, mediados pelos artefatos, construíam e reconstruíam seus conceitos sobre esses fenômenos Sabemos que a Física não faz parte dos anos escolares iniciais, no entanto, no currículo de Ciências da Natureza, encontramos muitos conteúdos ligados à área. Nos quatro encontros escolhidos desenvolvemos o tema \201COs Movimentos da Terra\201D. Os dados utilizados foram coletados por meio de gravações em áudio e vídeo. Adotamos como referencial os princípios da Teoria da Atividade Sócio Cultural Histórica, fundamentada em Alexis Leontiev (1903-1979) e Yrjö Engeström (1948 -), tanto na organização do estudo, quanto na análise dos dados. Para essa teoria, a atividade ocorre por meio das atividades do sujeito com a comunidade, em uma relação ser humano-mundo. Nessa perspectiva, a educação escolar deve assumir um papel crucial. Os resultados nos apontaram quatro categorias: a aprendizagem a partir das intervenções entre os sujeitos da atividade; o papel da intervenção pedagógica na atividade de aprendizagem; os conceitos espontâneos como recurso para a compreensão dos fenômenos científicos e a expansão da atividade de aprendizagem nas oficinas de Ciências. Esses resultados auxiliaram nas respostas às questões de pesquisa deste estudo e confirmaram nossos pressupostos sobre a importância do desenvolvimento de conceitos científicos em crianças com deficiência visual a partir de práticas pedagógicas coletivas. |