Violência contra a mulher e iniciativas de enfrentamento: o Centro de Referência de Mulheres da Maré Carminha Rosa - Rio de Janeiro - (2000-2013)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Larissa Velasquez de
Orientador(a): Fernandes, Tania Maria Dias
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Casa de Oswaldo Cruz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18235
Resumo: A violência contra a mulher ocorre em diferentes seguimentos sociais e faixas etárias, gerando consequências para a sociedade e o indivíduo. O modelo de sociedade, especificamente aquela calcada no patriarcalismo, por muito tempo, negligenciou esse tipo de violência, não o considerando sob a égide jurídica, social e de saúde, relegando-o ao âmbito privado. No Brasil, a partir da década de 1980, tal temática foi incorporada à arena pública de discussões, a partir da inserção dela nos movimentos sociais e nos debates travados na esfera pública internacional sobre o tema. Diversas políticas foram elaboradas e equipamentos públicos criados, especificamente, para a execução de ações do Estado quanto à questão, sendo o Centro de Referência de Mulheres em Situação de Violência, um deles. Diante desse contexto, esta análise, de abordagem histórica, tem por objeto de investigação o Centro de Referência de Mulheres da Maré-Carminha Rosa, criado em 2000, e assume como objetivo verificar o papel deste equipamento de assistência à mulher em situação de violência, na aplicação de políticas públicas para as mulheres, considerando as especificidades locais do bairro Maré, Rio de Janeiro, no qual está localizado. Este estudo considerou o contexto de emergência e implementação das políticas públicas de assistência à mulher em situação de violência, bem como da atuação dos profissionais vinculados a este centro, possibilitando novas inteligibilidades quanto à operação histórica em questão. Foram utilizados, como fontes analíticas, os documentos que compõem o acervo deste centro e da UFRJ, a legislação pertinente, entre outras, assim como foi aplicada a metodologia de história oral a partir da realização de entrevistas com personagens ligados diretamente ao centro.