Análise da produção do Fator de Crescimento Semelhante à Insulina-I (IGF-I) e seu efeito na geração de óxido nítrico em macrófagos estimulados com micobactérias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Leonardo Ribeiro Batista
Orientador(a): Pessolani, Maria Cristina Vidal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6070
Resumo: Fagócitos mononucleares são células alvo para micobactérias patogênicas como M. tuberculosise M. leprae. Essas micobactérias têm a capacidade de modular os mecanismos microbicidas dos macrófagos, sobreviver e replicar nessas células. Contudo o mecanismo molecular envolvido nesta desativação não é totalmente compreendido. Dados do nosso laboratório têm demonstrado que o M. lepraeé capaz de induzir a expressão do fator de crescimento semelhante a insulina I um hormônio com efeito anti-apoptotico ecom atividade de proliferação – em Células de Schwann humanas. Recentemente, foi relatado que IGF-I é capaz de inibir a expressão da enzima óxido nítrico sintase induzível (iNOS) e conseqüentemente a produção de óxido nítrico em macrófagos induzido por Leshimania amazonensis. Baseado nestes dados, nós temos investigado o envolvimento do IGF-I na desativação dos macrófagosobservada na infecção micobacteriana. Com este propósito, macrófagos murinos da linhagem RAW 264.7 foram estimulados ou não com M. lepraee a expressão de IGF-I foi monitorada através de RT-PCR quantitativo e ensaio imunoenzimático específico, ELISA. Duas outras espécies de micobactérias, M. bovisBCG e M. smegmatis, respectivamente, uma cepa atenuada de M. bovise uma micobactéria não-patogênica, foram testadas para comparação. O estímulo com M. lepraeou BCG, em contraste com M. smegmatis, regulou positivamente a expressão de RNAm para IGF-I e aumento significantemente os níveis daproteína quando comparado com a cultura controle. Além disso, nós também investigamos o efeito do IGF-I na produção de NO e na expressão de iNOS induzida por micobactérias em macrófagos RAW 264.7. A produção de NO foi monitorada pela determinação da concentração de nitrito no sobrenadante em meio de cultura, utilizando reagente de Griess e a expressão de iNOS monitorada por Western Blot. M. lepraefoi um fraco estimulo para indução de iNOS. Em contraste, BCG e M. smegmatis induziram a expressão e, como conseqüência, uma significantiva produção de NO em macrófagos RAW. Interessantemente, células pré-tratadas com IGF-I mostraram uma significantiva redução na produção denitrito após a estímulo com micobactérias, o que correlacionou com uma regulação negativa da expressão de iNOS. Além disso, IGF-I foi capaz de reduzir parcialmente a produção de NO induzida por IFN-γrecombinante. Esses resultados sugerem que o IGF-Ipode contribuir para a persistência micobacteriana no hospedeiro, modulando negativamente a resposta imune inata durante a infecção.