Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Licio, Juliana Souza Andrade |
Orientador(a): |
Santos, Ricardo Ventura |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2532
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Resumo: |
Ainda que a situação nutricional dos povos indígenas no Brasil seja pouco conhecida, observa-se um progressivo aumento no número de artigos científicos relacionados ao tema nas últimas décadas. A maioria das publicações resulta de pesquisas realizadas com comunidades localizadas nas regiões Norte e Centro-Oeste. Mesmo que geograficamente circunscritas, é possível observar que as crianças indígenas apresentam um perfil de saúde e nutrição desfavorável quando comparadas às não-indígenas. O objetivo desta dissertação foi avaliar, de forma crítica e sistematizada, a produção científica, sob a forma de artigos, que abordam o estado nutricional de crianças indígenas no Brasil. A partir de pesquisa sistemática em bases bibliográficas SCOPUS, LILACS, ISI e MEDLINE foram localizados 31 artigos e avaliados 29, todos publicados entre os anos de 1974 e 2007. Os resultados indicaram que apesar do aumento da produção científica abordando o tema, em particular a partir de 2001 (69% dos artigos publicados), ainda não existe padronização suficiente envolvendo as metodologias aplicadas, o que traz alguma dificuldade para a análise comparativa dos achados. Foi possível observar que em 89,6% dos artigos foram escritos por autores sediados em instituições brasileiras. Em relação ao idioma, 75,9% dos artigos foram publicados em português e 24,1% em inglês. Observou-se que 57,1% dos estudos foram financiados por instituições nacionais. No que diz respeito à localização das etnias avaliadas nos estudos, observou-se uma significativa concentração de estudos nas regiões Centro-Oeste (48,3%) e Norte (44,9%). Notou-se que 24,1% dos artigos avaliaram etnias do Alto Xingu. Estes resultados demonstram que apesar do progressivo aumento do número de publicações, existe pouca diversificação das etnias e da localização das pesquisas. A ampla maioria dos estudos é de natureza transversal (96,6%). Em muitos estudos não foi possível identificar quais foram os procedimentos amostrais utilizados. De fato, tendo em vista que a maioria dos estudos (62%) buscava incluir nas análises a totalidade das crianças nas faixas etárias de interesse, prevaleceu, em geral, o censo. Existiu uma grande diversidade de faixas etárias entre os estudos e em 82,7% dos artigos, para fins de comparação dos resultados, foram utilizadas as curvas do NCHS-1977. Como as faixas utilizadas nos artigos não são correspondentes, esse estudo concluiu ser necessário que os resultados sejam interpretados com cautela. Não obstante isso, foi possível observar que a desnutrição, em algumas comunidades, atinge cerca de 50% das crianças e o sobrepeso infantil também já se faz presente. Por fim, foi ainda possível verificar a ocorrência de um substancial crescimento do número de pesquisas envolvendo a situação nutricional dos povos indígenas brasile |