Hipertensão reativa no teste ergométrico: fatores de risco e implicações prognósticas para a hipertensão arterial sistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lima, Sandro Gonçalves de
Orientador(a): Ayres, Constância Flávia Junqueira, Oliveira, João Ricardo Mendes de, Albuquerque, Maria de Fátima Pessoa Militão de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10507
Resumo: INTRODUÇÃO: Alguns fatores de risco (FR) clássicos para hipertensão arterial sistêmica (HAS) podem ser modulados por genes, o que subestima o impacto destes na etiopatogenia da HAS. Indivíduos que apresentam hipertensão reativa (HR) no teste ergométrico (TE) têm um risco maior de HAS que os normorreatores (NRs). A associação de polimorfismos nos genes do angiotensinogênio (AGT) e da enzima conversora da angiotensina (ECA) com HAS é controversa. O papel de tais polimorfismos na HR ainda não foi estudado. OBJETIVO: Avaliar a associação entre polimorfismos nos genes do AGT e da ECA com HR no TE e com HAS e analisar o papel da HR como marcador clínico para a HAS. MÉTODO: Trata-se de uma coorte histórica. Aninhada a essa, foi descrita uma série de casos de HR com um grupo de comparação interno. Hiperreatores (HRs) e NRs foram acompanhados por um tempo médio de 3,5 anos e a incidência de HAS foi avaliada entre os grupos. RESULTADOS: Os polimorfismos pesquisados não se constituíram FR para a HR nem para HAS. A incidência cumulativa de HAS nos HRs (21,6por cento) foi significativamente maior que aquela dos NRs (8,7por cento). Os hipertensos não diferiram dos normotensos em relação ao sexo, cor da pele, história familiar de HAS, DM e hipertrigliceridemia. Hipercolesterolemia foi significativamente mais freqüente nos hipertensos que nos normotensos. O risco de HAS foi crescente com o aumento da idade e do IMC. A prevalência de HR foi 12,6por cento. HRs não diferiram dos NRs em relação ao sexo, cor da pele, DM, hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Apenas a idade, antecedentes familiares de HAS e o IMC apresentaram-se estatisticamente distintos. Na análise multivariada, apenas a idade e o IMC permaneceram associados com HR e com HAS. CONCLUSÕES: Entre os FR clássicos, apenas a idade e o IMC se associaram independentemente com HR e HAS. Os polimorfismos I/D do gene da ECA e M235T do gene AGT não apresentaram associação com HR ou HAS. Não foi observada associação independente da HR com HAS