Adaptação de métodos imunoenzimáticos de diagnóstico da hepatite C para uso com amostras de sangue coletado em papel de filtro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Brandão, Camille Petruccio Urago
Orientador(a): Villar, Livia Melo, Ferreira, José Antônio Sá
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5916
Resumo: O presente estudo visa à adaptação de ensaios imunoenzimáticos comerciais de diagnóstico da hepatite C para uso em amostras de sangue coletado em papel de filtro (SCPF). Foram coletadas amostras pareadas de soro e SCPF de 411 indivíduos com média de idade de 40 anos, provenientes de banco de sangue e três unidades de saúde. As amostras foram submetidas a dois ensaios imunoenzimáticos (EIEs) para detecção de anticorpos anti-HCV: HCV Ab, Radim (Itália) e ETI-AB-HCVK-4, DiaSorin (Itália); e a dois EIEs para detecção simultânea de antígeno core do HCV e anticorpos anti-HCV, Monolisa TM HCV Ag-Ab ULTRA, Bio-Rad (França) e Murex HCV Ag/Ab Combination, Abbott (África do Sul). A detecção de anti-HCV e simultânea de antígeno e anticorpos anti-HCV em amostras de soro foi feita conforme recomendações dos fabricantes, e em SCPF foram avaliados os parâmetros, tampão de eluição, volumes de amostra, de diluente de amostra e de conjugado, tempo de incubação da amostra e valor do ponto de corte (PC). Após otimização desses parâmetros foram determinados os valores de sensibilidade (S), especificidade (E), concordância (valor de kappa), limite de detecção do teste, valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN), precisão intraensaio e interensaio. A estabilidade das amostras de SCPF foi avaliada em diferentes condições ambientais (22-26ºC, 2-8°C e -20°C). Como resultado, o tampão PBS/BSA 0,5% foi selecionado para eluição das amostras de SCPF e estabelecido um aumento no volume de amostra para todos os fabricantes. Os tempos de incubação e os volumes de conjugado seguiram a recomendação dos fabricantes. Para o EIE HCV Ab os valores determinados foram S = 97,50%, E = 99,46%, kappa (k)= 0,959, VPP = 64,59% e VPN = 99,97%, para uma prevalência de doença de 1% na população. Para o EIE ETI-AB-HCVK-4, o PC foi estabelecido pela curva ROCe observou-se S = 88,89%, E = 98,89%, k= 0,875, VPP = 44,71% e VPN = 99,89%. O PC do EIE Monolisa TM HCV Ag-Ab ULTRA foi obtido pela curva ROCe verificou-se S = 95,12%, E =100%, k= 0,959, VPP = 100% e VPN = 99,95%. O PC para o EIE Murex HCV Ag/Ab Combinationfoi determinado pela média dos valores de densidade ótica (D.O.) das amostras de SCPF correspondentes àquelas de soro negativas no teste, acrescido de três desvios padrão proporcionando S = 78,05%, E = 99,43%, k= 0,838, VPP = 58,04% e VPN = 99,78%. O limite de detecção mostrou reatividade até a diluição de 1/10.000 para EIE HCV Ab e EIE ETI-AB-HCVK-4 e até 1/1.000 com EIE Monolisa TM HCV Ag-Ab ULTRA e EIE Murex HCV Ag/Ab Combination. Os resultados das amostras de SCPF obtiveram erro total inferior a 17% e as mesmas mantiveram-se estáveis nas diferentes condições de armazenamento por 60 dias. Os resultados obtidosnos EIE HCV ab e EIE Monolisa TM HCV Ag-Ab ULTRA mostraram-se mais concordantes com os observados com as amostras de soro, indicando melhor desempenho desses ensaios em amostras de SCPF.