Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vieira, José Felipe Pinheiro do Nascimento |
Orientador(a): |
Mallet, Jacenir Reis dos Santos,
Costa, Filipe Aníbal Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25153
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Resumo: |
A Doença de Chagas (DC) é uma antropozoonose distribuída por toda a América Latina, onde é considerada uma enfermidade endêmica, devido ao forte desequilíbrio ecológico provocado pelo crescimento urbano em áreas rurais, principalmente pelo processo de expansão agrícola. No Piauí a DC tem relatos desde o início do século XX, entretanto os primeiros registros científicos só ocorrem na década de 70, e desde então alguns estudos foram realizados no estado a fim de apontar a dinâmica de transmissão, as características clínicas e as principais espécies de vetores da enfermidade. Os objetivos deste estudo foi verificar a presença de vetores da Doença de Chagas no peri e intradomicilio em unidades domiciliares de 11 comunidades rurais no município de São João do Piauí e avaliar os indicadores de mortalidade de DC entre os anos de 2003 a 2013 no estado do Piauí através do SIM do DATASUS. Entre as moradias estudadas, 15 (50%) estavam infestadas com Triatoma brasiliensis macromelasoma, incluindo ninfas e adultos, sendo coletados 279 exemplares. Entre os insetos constituintes de colônias intradomiciliares, 76 (67,6%) eram estágios de ninfas, sendo 6 (N1), 15 (N2), 30 (N3), 7 (N4) e 18 (N5) e 37 adultos, sendo 23 fêmeas e 14 machos, já no peridomicílio foram encontradas 88 estágios de ninfas, sendo 4 (N1), 15 (N2), 29 (N3), 10 (N4) e 30 (N5) e 18 adultos 12 fêmeas e 6 machos. No período compreendido da análise de mortalidade, registou-se 816 óbitos distribuídos em 61% (137) dos municípios do estado, nas quatro macrorregiões do estado (Litoral, Meio Norte, Cerrado e Semiárido) A região de saúde que apresentou o maior quantitativo de óbitos foi a Chapada das Mangabeiras com 192 óbitos e o menor quantitativo foi encontrado na planície litorânea com 2 óbitos. O sexo feminino apresentou 311 óbitos e o masculino com 505, com maior numero de registros ocorrendo acima dos 40 anos. A taxa de mortalidade média anual no estado é de aproximadamente 3,93/100.000 hab., representando um valor médio acima de 80 mortes por ano, com aproximadamente 7 a cada mês. O município identificado com maior número de óbitos por DC foi São João do Piauí com 72 registros, e o município de Campinas do Piauí apresentou a maior taxa de mortalidade 43,86. A interação contínua de triatomíneos e do homem permite a transmissão da Doença de Chagas nas comunidades estudadas, tornando a população em risco continuo. A reativação de atividades de controle é urgente em todo o estado e principalmente na Serra da Capivara com destaque para São João do Piauí e os municípios limítrofes |