Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Tubarão, Luciana Neves |
Orientador(a): |
Matos, Denise Cristina de Souza,
Monteiro, Robson de Queiroz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35587
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Resumo: |
Câncer é um termo genérico dado para um grande grupo de doenças que podem afetar qualquer parte do corpo, cuja característica principal é o surgimento de células anormais que se dividem sem controle, podendo invadir outros tecidos em um processo denominado metástase. Na atualidade, este vem se tornando um dos mais importantes problemas de saúde pública, e neste cenário, o câncer de mama configurou-se como o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. É importante ressaltar que por se tratar de uma doença de alta complexidade, a maior parte dos tratamentos inclui a combinação de mais de uma terapia. Sendo assim, é relevante o estudo de novos alvos para desenvolvimento de drogas que auxiliem no tratamento destes tumores. Neste trabalho, escolhemos os receptores ativados por protease (PAR) como possíveis alvos terapêuticos, uma vez que sua expressão é associada a um mau prognóstico para diversos tipos de câncer. Os receptores PAR são receptores acoplados a proteína G que possuem sete domínios transmembranas. O PAR1 está diretamente relacionado ao crescimento das células tumorais, invasão e metástase de vários tipos de cânceres malignos, incluindo o câncer de mama. O medicamento Vorapaxar, utilizado para o tratamento de eventos cardiovasculares trombóticos, é um antagonista potente de PAR1 cuja ligação é irreversível. Após sua aprovação, diversos outros análogos vêm sendo desenvolvidos, dentre eles o SCH79797. Os efeitos deste inibidor sobre as vias de ativação do PAR1 ainda não foram descritos para o câncer de mama, sendo, por essa razão, objeto do nosso estudo. Nosso objetivo foi estabelecer um modelo experimental in vitro para a avaliação do receptor PAR1 como alvo terapêutico para o câncer de mama. Foram utilizadas duas linhagens celulares: a MCF-7 que expressa níveis baixíssimos do receptor PAR1 e a MCF-7 transfectada com PAR1. Foi possível demonstrar uma maior expressão do receptor PAR1 na linhagem celular MCF-7 PAR1+ em relação à MCF-7. Foi observado que a linhagem MCF-7 PAR1+ tende a promover uma maior ativação da via de sinalização ERK, comparado à linhagem MCF-7, havendo uma ligeira inibição da fosforilação de ERK no tempo de 60 minutos de incubação com SCH 79797. As células tumorais MCF-7 PAR1+ apresentaram maior capacidade proliferativa e uma inibição na proliferação desta célula, após incubação com SCH 79797. Houve um aumento na expressão de fatores de agressividade e invasividade nas células MCF-7 PAR1+ em relação às células MCF-7 avaliadas por RT-qPCR. Somente para o fator IL-8, houve inibição causada pelo SCH 79797. Foi observado também uma tendência no aumento no nível de IL-8 no sobrenadante das células MCF-7 PAR1+ avaliadas por microarranjo líquido quando comparadas com a MCF-7. |