Associações de usuários e familiares frente à implantação da política de saúde mental no Município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Souza, Waldir da Silva
Orientador(a): Ribeiro, José Mendes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5166
Resumo: No cenário social o Movimento da Reforma Psiquiátrica brasileira introduziu na agenda das políticas públicas o tema da desinstitucionalização, assim como a proposta de mudança no modelo de atenção à saúde mental. O Movimento deflagrou transformações políticas, sociais e culturais no lidar com a loucura. O presente estudo analisa a ação política de três associações de usuários e familiares, a Associação de Amigos, Familiares e Doentes Mentais do Brasil (AFDM), a Sociedade de Serviços Gerais para a Integração pelo Trabalho (SOSINTRA) e a Associação dos Parentes e Amigos da Colônia Juliano Moreira (APACOJUM), interpretadas enquanto grupo de interesses em uma arena específica, o Conselho Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. As associações apresentam, como essência central, uma ação política na qual difundem a construção de identidades democráticas no marco das instituições representativas, com a constituição de formas coletivas de solidariedade e de ajuda mútua. Representam segmentos sociais que até então encontravam-se excluídos do debate, ou da possibilidade de participar diretamente no processo decisório sobre a formulação e implementação das políticas públicas de saúde/saúde mental, campo este largamente dominado pelo discurso técnico. Assim, buscam influenciar na implementação e execução das políticas nas instâncias colegiadas definidoras do rumo destas, com a apresentação de propostas e da defesa de seus interesses, funcionando como inputs para os policy-making.