Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Souza, Ângela Maria Fausto |
Orientador(a): |
Vieira, Roberto José da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Fernandes Figueira
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3592
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Resumo: |
O presente estudo tem como objeto conhecer e analisar as informações, os sentimentos e sentidos relacionados à reconstrução mamária para mulheres que viveram a mutilação da mama ou a sua perspectiva, matriculadas no setor especializado de Cirurgia Plástica do Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O objetivo é a analise do significado da reconstrução mamária para as mulheres estudadas, portadoras de câncer de mama. Busca-se a compreensão do que elas pensam sobre o procedimento e o sentido por elas atribuído ao processo cirúrgico e suas conseqüências. Busca-se, também, o porquê de essas mulheres se submeterem ou não a reconstrução mamária bem como a influência dessa cirurgia no seu cotidiano, com vistas a subsidiar ações no campo da prática médica. O estudo tem como referencial teórico os aspectos socioculturais do corpo, no processo da saúde e da doença. O desenho metodológico constitui-se em um estudo exploratório, de natureza qualitativa, com coleta de dados realizada através de 20 entrevistas semi-estruturadas em uma perspectiva qualitativa. Através da análise das respostas coletadas procuramos entender os sentimentos e o sentido atribuído pelas mulheres à reconstrução mamária, e o que esse procedimento representou para elas. Nas considerações finais analisamos esse procedimento com respeito à sua realização e aos benefícios para a qualidade de vida, relacionando-os aos valores culturais, crenças e auto-estima das mulheres. Um importante aspecto identificado na análise da pesquisa é a necessidade de se ampliar a oferta da reconstrução mamária nos hospitais públicos, onde é atendida a maior parte da população de mulheres no Brasil, no intuito de abreviar o sofrimento com a mutilação e assim reverter, no âmbito sociocultural, o estigma da mutilação do câncer de mama. Foi identificada uma grande deficiência de informação a respeito das possibilidades cirúrgicas da reconstrução mamária. Essa informação contribuiria para a mudança de atitude no enfrentamento da doença que, diminuindo o medo da mutilação na mulher, aumentaria a adesão ao tratamento precoce que, como sabemos, é a melhor maneira de diminuir a mutilação, reduzindo a mortalidade, com aumento conseqüente da sobrevida com maior qualidade de vida. Ressaltamos como recomendação que nas campanhas públicas de diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama, nos meios de comunicação, a reconstrução mamária seja, portanto, abordada de maneira clara e positiva. |