Terra é saúde: a determinação social da saúde na comunidade quilombola do Castainho, Garanhuns, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Wanessa da Silva
Orientador(a): Gurgel, Idê Gomes Dantas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55494
Resumo: Caracteriza-se como uma pesquisa-ação e encontra-se no paradigma da determinação social da saúde. Teve como objetivo analisar os processos de determinação social da saúde na comunidade quilombola do Castainho, localizada no município de Garanhuns, Pernambuco. O Círculo de Cultura foi utilizado como uma das técnicas de coleta e intervenção, onde foram realizados seis encontros com uma média de 8 participantes. Buscamos ainda os escritos no diário de campo e documentos de interesse ao estudo. Todos estes foram analisados por meio da Análise de Conteúdo. Foram entrevistados 10 sujeitos/participantes, os dados obtidos por esta técnica foram analisados através do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados estão divididos em quatro blocos, onde discutem: 1. A percepção de saúde dos sujeitos/participantes que se assemelha ao conceito ampliado de saúde; 2. As necessidades em saúde relatadas, referentes a um atendimento integral nos serviços de saúde e que tenha uma postura anti-racista, além de uma alimentação saudável e a garantia de acesso a água; 3. As relações da saúde com a natureza, com a cultura, as práticas em saúde desenvolvidas na comunidade e as questões referentes ao racismo, sendo estes os processos relacionados a determinação social da saúde na comunidade; 4. Os processos protetores e destrutivos da saúde com o olhar para os 4 ‘S’ da vida propostos por Breilh, onde observamos que a Sustentabilidade no Castainho só é possível por meio do direito ao território; a Soberania se dá por meio do fortalecimento da cultura; a Solidariedade é construída na luta contra o racismo e na identidade quilombola; e a (bio)segurança é o conjunto desses elementos que apontam para um viver digno. Concluímos afirmando a importância em se trilhar um caminho de fortalecimento da autonomia do povo quilombola, para que possam construir suas vidas de forma sustentável, soberana, solidária e biossegura.