Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Baltazar, Danielle Vargas Silva |
Orientador(a): |
Valla, Victor Vincent |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5389
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Resumo: |
Esta dissertação teve por objetivo apresentar alguns questionamentos acerca da religiosidade popular presente no contexto das práticas assistenciais do campo da saúde mental, especialmente considerando o modo como os profissionais têm compreendido tal fenômeno. Parte-se do pressuposto de que a religiosidade, enquanto fenômeno social amplo, tem também composto o rol de recursos utilizados pelos pacientes psiquiátricos para dar sentido e lidar com o sofrimento mental. Trata-se de um estudo sistematizado sobre a relação entre a religiosidade de quem sofre e o processo de reabilitação psicossocial conduzido pelos profissionais do campo da saúde mental. Busca-se, desse modo, investigar e compreender como estes profissionais lidam com a opção religiosa intencional de seus pacientes e se a consideram como manifestação social capaz de possibilitar a reorganização individual e coletiva dos pacientes psiquiátricos. Propomos uma definição de religiosidade tomando por base a oposição entre cosmovisão sagrada e profana, e utilizamos como categoria analítica a Religiosidade Popular no contexto da elaboração dos projetos terapêuticos em saúde mental. Destacamos alguns pontos de impasse entre a proposta de atenção psicossocial sustentada pelos profissionais do campo da saúde mental e a religiosidade ou filiação religiosa de alguns pacientes a um sistema religioso institucionalizado. Além disso, ressaltamos algumas possibilidades decorrentes da presença da religiosidade no discurso dos pacientes e que, muitas vezes, são desconsideradas na elaboração dos projetos terapêuticos em saúde mental. Observamos que o sentido de mundo construído a partir da experiência religiosa, ainda que aparentemente ilógico, tem coerência para quem dele se apropria, uma coerência que não se sustenta em dados objetivos, mas no sentido que fornece às experiências e ao seu valor na economia psíquica. A religiosidade ajuda na construção de um sentido para a vida e na compreensão do mundo, norteando profundamente a vida daqueles que a ela recorrem, estruturando práticas quotidianas e cumprindo um papel significativo de suporte social. |