Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Nilo Martinez |
Orientador(a): |
Hennington, Élida Azevedo,
Grinsztejn, Beatriz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9312
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Resumo: |
O ano de 1996 evidenciou um importante marco no tratamento da aids em função do avanço das pesquisas clínicas e farmacológicas. No mundo surgiu novo tratamento da aids, conhecido na sigla em inglês por Highly Active Antiretroviral Therapy (HAART) ou Terapia Antirretroviral Potente, em português, regime de tratamento que combina várias medicações para suprimir a replicação viral e a progressão da doença. O advento desses novos medicamentos amplia os recursos terapêuticos, melhora a expectativa e a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV e aids. Esse cenário mundial traz para as pessoas vivendo com HIV e aids a perspectiva de poderem desfrutar de vida social: trabalhar, estudar, ter relacionamentos amorosos, casar e ter filhos. Esses relacionamentos podem ser com pessoas que têm a mesma sorologia para o HIV, definidas como soroconcordantes ou sorologias diferentes, casais sorodiscordantes, em que um é infectado pelo HIV ou tem aids e o outro não. Os temas relacionados aos casais sorodiscordantes, como revelação do diagnóstico ao parceiro, conjugalidade, práticas sexuais, uso do preservativo e reprodução, começam a ser discutidos entre profissionais de saúde e pesquisadores a partir do final dos anos 1990 nos EUA e dos anos 2000 no Brasil. Este estudo com os casais sorodiscordantes está inserido no campo teórico do construcionismo social em psicologia e utiliza o método qualitativo da análise das práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano. Foram realizadas 17 entrevistas com 13 casais heterossexuais e 04 casais homossexuais, acompanhados no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O estudo teve como objetivo compreender como são construídas as três dimensões da vulnerabilidade programática, social e individual entre os casais sorodiscordantes Os resultados da análise dos discursos, a partir do material transcrito das gravações, indicam questões importantes relacionadas a essas dimensões da vulnerabilidade dentre as quais podemos destacar a forma prescritiva em que é feito o trabalho de prevenção primária e secundária, pelos profissionais de saúde; a falta de informação sobre sexualidade na família e nas escolas; os conhecimentos distorcidos sobre a transmissão do HIV e suas formas de prevenção; as inadequações na forma como o teste anti-HIV é realizado e como o resultado é comunicado para as pessoas pelos profissionais de saúde; a ausência de apoio para ajudar na revelação do diagnóstico a parceiros e/ou familiares, assim como no suporte das questões relacionadas à conjugalidade. Alguns dos casais entrevistados incorporaram em seus relacionamentos sexuais novas tecnologias de prevenção, como a adesão ao tratamento como forma de prevenção, combinadas às técnicas de redução de riscos para infecção pelo HIV como alternativas ao uso do preservativo |