A evolução da mortalidade materna no município do Rio de Janeiro de 1960-1990

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Silva, Katia Silveira da
Orientador(a): Giffin, Karen
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4668
Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar a tendência e o perfil epidemiológico da mortalidade materna no município do Rio de janeiro e nas suas áreas de planejamento no período de 1960 a 1990 e subsidiar o planejamento de ações de assistência a saúde reprodutiva feminina. As fontes de dados foram as publicações e listagens da Secretaria de Estado de Saúde no período de 1960-1978 e o Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério de Saúde, de 1979 em diante. Os dados sobre nascidos vivos procedem dos Anuários estatísticos e das estatísticas do Registros Civil do IBGE. As analises foram realizadas agrupando-se os dados em períodos quinquenais. Resultado Destaca-se a queda de 70% da mortalidade materna que passou de 180,14 para 52,41 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos(nv), considerando todo o período de 30 anos. Nossas taxas de mortalidade mesmo sem correção da subnotificação e do subregistro, encontram-se em patamares semelhantes aos dos países desenvolvido nas década de 50/60. Observou-se também uma mudança no perfil de causas. No início da década de 60,as hemorragias que ocupavam o primeiro lugar, hoje correspondem a terceira causa mais frequente. Atualmente, a principal causa de morte materna é a toxemia, seguida das complicações puerperais. Ao desagregarmos as taxas do município por áreas de residência, a Área de Planejamento 2 (AP2), de maior poder aquisitivo, apresentou a menor taxa média do período, 60,34 óbitos maternos por 100.000 nv. A maior taxa foi registrada na AP1 , que reúne as regiões administrativas do Centro e área Portuária e deve-se provavelmente a invasão de óbitos de outras regiões e municípios. Notou-se ainda uma maior mortalidade nas faixas etárias extremas. Discutiu-se também o impacto da queda da fecundidade na mortalidade materna.