Conhecimento sobre a tuberculose em indivíduos privados de liberdade de uma penitenciária regional da Zona da Mata Mineira – Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Brasil, Gilberto Caetano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27309
Resumo: A tuberculose (TB) é uma doença transmissível, infecciosa, mas curável sendo um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. A estimativa é que aproximadamente um terço da população mundial esteja infectada com o bacilo Mycobacterium tuberculosis causador da doença. As populações mais vulneráveis a esta doença são indígenas, pessoas privadas de liberdade, pessoas com HIV/AIDS, indivíduos em situação de rua e profissionais de saúde. Nos presídios brasileiros existem vários fatores que associados representam riscos para os detentos, como superpopulação, má qualidade da alimentação, ambientes insalubres com pouca ventilação, além de doenças que contribuem para infecção da TB, como a infecção pelo HIV. Neste trabalho, teve-se por objetivo identificar o conhecimento relacionado à TB e investigar os fatores preditivos do status de conhecimento dos prisioneiros em uma penitenciária regional da Zona da Mata Mineira – Brasil. Trata-se de um estudo transversal e de base institucional que foi conduzido com 729 indivíduos privados de liberdade dessa penitenciária. A coleta de dados foi realizada entre os meses de julho e setembro de 2018. O conhecimento dos detentos sobre tuberculose foi obtido mediante questionário com questões sobre prevenção, transmissão e tratamento de tuberculose. Foram consideradas as variáveis independentes socioeconômicas, situação prisional, hábitos de vida, contato com pacientes com tuberculose, realização de teste para HIV, presença de cicatriz de BCG e sintomas de tuberculose. Para análise dos dados, foi usada regressão logística múltipla. Resultados: Aproximadamente 40% dos detentos relataram não ter conhecimento sobre transmissão, prevenção e tratamento da tuberculose. Na análise multivariada o desconhecimento apresentou associação com as seguintes variáveis: menor escolaridade, menor renda, regime fechado, ser o primeiro presídio, não ter contato com TB fora e dentro do presídio, não apresentar sintomas da doença e não realizar teste de HIV. Os resultados sugerem que o desconhecimento sobre tuberculose foi associado à escolaridade, renda, regime de prisão, primeiro presídio, contato com TB, sintomas de tuberculose e realização de teste para HIV. O reconhecimento desses fatores pode contribuir para o desenvolvimento de intervenções educativas orientadas ao controle da tuberculose nessa população.