Desenvolvimento de Protocolo Passível de Ampliação de Escala para Propagação de Células Vero em Microcarregadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Almeida, Aline Guimarães de
Orientador(a): Pinto, Rodrigo Coelho Ventura, Souza, Marta Cristina de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25110
Resumo: Devido à necessidade crescente de desenvolvimento de bioprocessos de produção de vacinas virais empregando linhagens de células de mamíferos e sem utilizar componentes de origem animal, bem como de estabelecimento de uma nova metodologia para a produção de uma vacina inativada contra a febre amarela, é de grande importância investigar o desenvolvimento de um novo processo, baseado na propagação do vírus amarílico em linhagens celulares cultivadas em biorreatores sob condições monitoradas e controladas que permitam uma maior reprodutibilidade, ao invés do uso de ovos embrionados. Para isso, a ampliação da escala de produção é uma etapa importante no desenvolvimento de um produto, pois deve ser executada de forma que todos os resultados obtidos em escala de laboratório possam ser reproduzidos também na escala industrial de produção prevista. No entanto, esse procedimento apresenta desafios a serem resolvidos, como, por exemplo, quando se faz o uso de microcarregadores, precisamente no procedimento de transferência celular entre microcarregadores, em escala industrial. Para esse fim, inicialmente foi avaliada a técnica de tripsinização com o objetivo de não se utilizar soro fetal bovino durante o processo de inativação da tripsina, já que foram utilizadas células Vero adaptadas ao meio sem soro, sendo, portanto, adotado o meio condicionado para inativação da tripsina Em seguida, utilizando microcarregadores, foi avaliado o perfil cinético e metabólico das células Vero, em frascos estáticos do tipo T e frascos agitados do tipo spinner. Conhecendo o perfil de crescimento, foi possível empregar a técnica de transferência bead-to-bead, utilizando agitação intermitente em diferentes intervalos de tempo. Observou-se que apenas no intervalo de 1 hora de agitação e 15 minutos de repouso houve crescimento celular significativo, tendo-se observado claramente, através de microscopia óptica invertida, o fenômeno de formação de pontes entre as células. Outra alternativa testada foi a tripsinização das células Vero nos microcarregadores, de forma que estas se soltassem e pudessem servir de inóculo tanto para os novos microcarregadores quanto para os antigos e, consequentemente, se multiplicassem. Foram testadas diferentes concentrações de soluções de tripsina, tendo-se observado que as células tripsinizadas apresentaram capacidade de aderir novamente aos microcarregadores, porém sem proliferação significativa. Para obtenção de melhores resultados, foi adicionado à etapa de tripsinização um tratamento prévio do meio de cultivo com NaOH, alcalinizando-o até que atingisse um pH entre 8 \2013 9. As células, além de mostrarem capacidade de aderir novamente aos microcarregadores, também se multiplicaram nos mesmos, indicando que a otimização da técnica torna-se válida e aplicável ne ampliação de escala do bioprocesso.