Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Melissa de Oliveira |
Orientador(a): |
Amarante, Paulo Duarte de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44282
|
Resumo: |
A pesquisa se voltou para a relação entre as experiências e as agências de mulheres que constroem coletivos, grupos e movimentos sociais no contexto da Reforma Psiquiátrica Brasileira, considerando as relações de gênero, raça/etnia e classe como contradições estruturantes da sociedade e que marcam as mulheres através de opressões e explorações, mas também estão presentes na maneira como organizam recursos e respostas individuais e/ou coletivas. Dessa maneira, o objetivo principal deste trabalho foi apresentar como as experiências e agências de mulheres influenciam a construção da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Os objetivos secundários foram: 1. Identificar mulheres protagonistas da Reforma Psiquiátrica Brasileira contemporânea; 2. Discutir as experiências de mulheres que constroem grupos e coletivos vinculados ao campo da saúde mental; 3. Analisar o que as mulheres protagonistas nos grupos, coletivos, movimentos sociais têm proposto em termos teóricos e práticos para a luta antimanicomial brasileira; 4. Analisar o que as mulheres têm proposto, em termos teóricos e práticos, para o enfrentamento de relações opressivas de gênero, a partir da luta antimanicomial brasileira. A metodologia utilizada para a pesquisa foi a de História Oral (HO), orientada por relatos orais a partir de lembranças de histórias pessoais e de reflexões mais gerais sobre o tema a ser pesquisado. Tomando esses relatos como fontes centrais, realizamos entrevistas com trinta e nove mulheres de dez cidades brasileiras. Estas foram complementadas com a sistematização de documentos e outros materiais. Através deste percurso, entramos em contato com a experiência de mulheres sobre suas relações sociais, processos que envolviam sofrimentos psíquicos, mas também com recursos coletivos e individuais. Os serviços de saúde mental ganharam centralidade nas entrevistas, tanto no que dizia respeito a espaços de construção de outras relações e lugares sociais, como de precarização e dificuldades. Lutas e ações políticas eram organizadas a partir destes enfrentamentos, assim como análises e avaliações sobre o processo político. Por fim, as entrevistas possibilitaram entrar em contato com processos de invisibilização e sobrecarga de mulheres no interior de coletivos e grupos antimanicomiais, tanto em relação aos homens quanto em relação às diferenças entre as próprias mulheres, ganhando destaque as profissionais, especialmente as psicólogas, em detrimento de outras profissionais de nível superior e técnico, mas principalmente daquelas mulheres “usuárias” de serviços de saúde mental e familiares de pessoas com transtorno mental e/ou em sofrimento psíquico. |