Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Grimaldi, Gabriela Bittencourt |
Orientador(a): |
Soares, Milton de Macedo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58278
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Os macrófagos são importantes células em processos inflamatórios e a sua desregulação pode afetar diversas doenças, tais como doenças autoimunes e doenças parasitárias. As leishmanioses, um conjunto de doenças tropicais negligenciadas, estão incluídas nesta categoria de enfermidades. A leishmaniose cutânea é caracterizada por úlceras em área de tegumento e a sua gravidade está relacionada com a imunopatogênese. O tratamento disponível é citotóxico, está associado à falha terapêutica, resistência parasitária, alto custo e tempo de administração prolongado. A fisalina F possui propriedades farmacológicas promissoras com potente atividade antileishmania e imunomoduladora em camundongos. OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo avaliar o papel imunomodulador em macrófagos humanos e a atividade anti-Leishmania braziliensis da fisalina F, in vitro. MATERIAL E MÉTODOS: Macrófagos humanos foram obtidos de PBMC de doadores sadios. A dosagem de citocinas inflamatórias foi realizada pelo método de ELISA no sobrenadante de macrófagos humanos estimulados com LPS e com adição ou não de fisalina F ou dexametasona. A citotoxicidade da fisalina F em macrófagos humanos e a viabilidade de promastigotas de L. braziliensis foram mensuradas utilizando o Alamar Blue®. A atividade antiparasitária da fisalina F em macrófagos humanos foi determinada após 24 horas de infecção com L. braziliensis. Ensaios de citometria de fluxo e de microscopia eletrônica foram realizados para avaliação dos possíveis mecanismos de ação da fisalina F em promastigotas de L. braziliensis. RESULTADOS: A fisalina F reduziu a produção das citocinas pró-inflamatórias IL-6, IL-1β e TNF-α por macrófagos ativados. Nos ensaios de citotoxicidade, apresentou o valor de CC50 de 6,07 ± 1,17 µM. Este composto também inibiu a proliferação de formas promastigotas de L. braziliensis, com valor de IC50 de 10,85 ± 0,99 µM e reduziu o número de macrófagos infectados e o número de amastigotas por macrófago, quando comparado com os controles. Em promastigotas, o surgimento de inclusões lipídicas, encurtamento do corpo celular, a destruição e o afrouxamento de membrana foram observados na análise ultraestrutural por MEV e MET após o tratamento com fisalina F. Análises de citometria de fluxo indicam que a fisalina F induz um mecanismo de morte similar a apoptose em L. braziliensis. CONCLUSÕES: A fisalina F inibiu a ativação de macrófagos humanos e promoveu uma atividade anti- L. braziliensis eficaz em promastigotas e em amastigotas |