Índice de sensibilidade ao risco de contrair doenças infecciosas de veiculação hídrica (Hepatite A, Leptospirose e Esquistossomose) na Área de Influência da Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Alegria, no Município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Caldeira, Juliana Viana
Orientador(a): Martins, Adriana Sotero, Barata, Martha Macedo de Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37547
Resumo: Este trabalho objetivou analisar a relação entre a vulnerabilidade social e o número de casos existentes de doenças infecciosas relacionadas à água, frente às alterações climáticas (enchentes, deslizamentos, etc.), a partir da identificação de áreas sensíveis ao risco de desenvolver estas doenças. Para isto definiu-se como área de estudo as RAs que são beneficiadas pelos serviços de coleta e tratamento de esgotos da ETE Alegria, consideradas umas das principais obras de infraestrutura sanitária do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara - PDBG. Foram analisadas um total de 12 RAs, na série histórica de 2000 a 2009, quanto as variáveis epidemiológica (número de casos existentes e frequência de ocorrência na população); climatológica (precipitação, dias de chuva, temperatura máxima e mínima) e socioeconômica (educação, renda, distribuição de água, destino do lixo e esgotamento sanitário). Ao final desta caracterização, construiu-se um Índice de Sensibilidade ao Risco (ISR) para doenças infecciosas de veiculação hídrica, com base na metodologia proposta por De Oliveira (2013). A partir dos resultados obtidos neste trabalho foi possível classificar as RAs que compõem a área de influência da ETE Alegria em três níveis de risco: baixo (Portuária e Centro), médio (Rio Comprido, São Cristóvão, Tijuca, Vila Isabel, Inhaúma, Méier, Jacarezinho, Complexo do Alemão e Complexo da Maré) e alto (Ramos). Dentre as componentes do ISR, a que mais influenciou a ocorrência de doenças infecciosas de veiculação hídrica foi o indicador socioeconômico, principalmente relacionado às variáveis renda, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Ainda, considerando os resultados apresentados por RA, este estudo mostrou, de acordo com a metodologia utilizada, que mesmo em áreas onde o risco epidemiológico não é elevado o Índice de Sensibilidade ao Risco pode ser classificado em alto ou médio, principalmente em função das condições socioeconômicas encontradas, da vulnerabilidade da área quanto à ocorrência de eventos extremos e devido à subnotificação dos casos.