Mobilidade humana no litoral brasileiro: análise de isótopos de estrôncio no Sambaqui do Forte Marechal Luz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bastos, Murilo Quintans Ribeiro
Orientador(a): Souza, Sheila Maria Ferraz Mendonça de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2386
Resumo: Isótopos de estrôncio têm sido usados com êxito na identificação de padrões de mobilidade humana por diversos autores. Apesar de a técnica ter sido desenvolvida há mais de duas décadas, ela foi pouco utilizada em populações construtoras de sambaquis do sul do Brasil. O presente estudo analisou esmalte dentário de indivíduos sepultados no sítio Forte Marechal Luz, um sítio escavado por Alan Bryan na década de 1960, que apresenta pacotes arqueológicos sem presença de cerâmica e com presença de cerâmica, situado em Santa Catarina, Brasil, na tentativa de identificar indivíduos não locais originados de sítios ceramistas do interior. Os resultados apontam a existência de três indivíduos não locais (9.4% do total), possivelmente originados do Planalto Catarinense, próximo ao município de Lages, ou do Planalto Curitibano. Os não locais foram encontrados tanto no nível pré-ceramista como no ceramista. A razão isotópica dos indivíduos considerados locais é mais próxima da razão isotópica da água do mar do que da razão isotópica da fauna terrestre, indicando forte influência marinha na dieta dessas populações. Por outro lado, ressaltase que remanescentes de fauna terrestre analisados apresentaram valores isotópicos significativamente mais elevados, indicando sua contribuição limitada como fonte alimentar desses indivíduos.