Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Feitosa, Maria Rosineide Gama |
Orientador(a): |
Pontes, Ana Lucia de Moura |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60301
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Resumo: |
Esta pesquisa buscou analisar as experiências dos profissionais de saúde que atuam no Distrito Sanitário Espacial Indígena do Alto Rio Negro (DSEI/ARN) sobre seu cotidiano de práticas no contexto intercultural do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, com vistas a refletir sobre a diretriz da atenção diferenciada. Diante de um estudo qualitativo exploratório com características descritivas e analíticas, no qual foram realizadas 15 entrevistas semiestruturadas com profissionais das Equipes Multidisciplinares da Saúde Indígena do DSEI/ARN, de nível técnico e superior, e procedeu-se a análise de conteúdo. Como principais resultados apontamos que a maioria dos entrevistados pertenciam a região do Alto Rio Negro, apontando uma mudança de perfil dos trabalhadores. O pertencimento à região traz um conjunto de conhecimentos e vivências que auxilia a atuação e convivência com a população atendida, mesmo assim, esses profissionais referem desafios, particularmente considerando a diversidade étnica da região. Os entrevistados apontaram que a formação acadêmica não os prepara para atuar em contextos interculturais e nem indígenas, dessa forma, apontam que buscam aprender no cotidiano com os colegas e a comunidade atendida. Apontamos diferentes características da qualificação dos trabalhadores para atuar no DSEI/ARN, ao longo dos anos, sendo que observamos que recentemente existe a tendência de se enfatizar a abordagem dos protocolos técnicos em detrimento das dimensões socioculturais. Mesmo após duas décadas da implantação do Subsistema de Saúde Indígena a atenção diferenciada é um desafio para profissionais e gestores, e particularmente a falta de fortalecimento da diretriz de preparação dos profissionais de saúde para a atuação em contexto intercultural. Os profissionais apontaram como principais desafios para a sua atuação: a complexidade logística no acesso às comunidades; a falta de estrutura e condições adequadas para trabalhar; dificuldades no diálogo com a gestão; a falta de preparo para atuar no contexto sociocultural da região; e a diversidade linguística. Concluímos ser fundamental a qualificação profissional para atuação no contexto intercultural, que envolva o conhecimento e uma interação com o cuidador tradicional. |