Bioassinaturas de vias inflamatórias na leishmaniose tegumentar: um olhar integrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Hayna Malta
Orientador(a): Borges, Valéria de Matos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55961
Resumo: INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Tegumentar (LT) é uma doença parasitária que pode resultar em um amplo espectro de formas clínicas a depender de determinantes do hospedeiro e do parasito. Entender essas características nos diferentes desfechos clínicos é importante a fim de identificar novos alvos terapêuticos. Fármacos antimoniais pentavalentes, são a primeira classe de fármacos utilizadas durante o tratamento dasleishmanioses. No entanto, cerca de 45% dos pacientes apresentam falha na terapia no Brasil. Nesse sentido, a identificação de potenciais biomarcadores de gravidade de doença ou controle do parasito pode favorecer o desenvolvimento de terapias direcionadas ao hospedeiro que podem incrementar o manejo clínico de casos graves/complicados. OBJETIVO: Neste estudo, avaliamos biomarcadores de gravidade de doença e falha terapêutica em pacientes com leishmaniose tegumentar e o papel das resolvinas na resistência à infecção por Leishmania. RESULTADOS: Nossos resultados demonstram que pacientes com Leishmaniose Cutânea Difusa apresentam uma ativação diferencial da via das poliaminas e aminoácidos quando comparados a Leishmaniose Cutânea Localizada ou Leishmaniose Cutânea Mucosa podendo ser utilizada como biomarcador de gravidade de doença. Além disso, encontramos uma bioassinatura influenciada por proteínas plasmáticas e mediadores lipídicos que prediz com alta acurácia a falha terapêutica na LT. Experimentos adicionais in vitro utilizando neutrófilos humanos revelaram que a RvD1 promove a replicação intracelular da L. braziliensis, no entanto, o mecanismo por trás desse efeito ainda precisa ser investigado. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que as vias de produção das poliaminas e mediadores lipídicos podem ser utilizados como biomarcadores de gravidade de doença e falha terapêutica e que a RvD1 favorece a resistência do parasito, podendo em conjunto servir como potencial estratégia terapêutica.