Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Correia, Roberta Fernandes |
Orientador(a): |
Moreira, Martha Cristina Nunes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Fernandes Figueira
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8012
|
Resumo: |
Explicar as doenças é uma tarefa exercida, comumente, pelos profissionais da saúde, que as informam de acordo com os achados fisiopatológicos desenvolvidos no paciente. Para as pesquisas antropológicas e sociológicas, as interpretações, a respeito das doenças, podem variar entre sociedades, grupos e indivíduos, a partir da experiência de cada parte. Com o intuito de estudar as noções, a respeito de um episódio de doença e seu tratamento, empregadas por todos os envolvidos em um processo clínico, a antropologia médica americana criou a categoria dos modelos explicativos. Objetivo: A presente pesquisa tem por objetivo estudar o modelo explicativo das mães sobre a situação de adoecimento com fibrose cística de seus filhos. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, em que foram realizadas entrevistas individuais semi-estruturadas, com dezesseis mães de crianças ou adolescentes, portadores de fibrose cística. A análise foi feita de acordo com a perspectiva fenomenológica e apoiada nas técnicas de análise temática. Resultados: As mães interpretam a fibrose cística segundo uma visão ampliada do adoecimento e comportam em suas explicações, além dos acometimentos físicos, os problemas sociais, econômicos e emocionais experienciados. Para isso, elas desenvolvem um conhecimento híbrido, que é produzido na articulação do saber popular com o saber técnico-profissional. Conclusão: As mães de crianças e adolescentes com fibrose cística desenvolvem uma carreira de cuidadoras de seus filhos, que precisa ser apoiada e relativizada pelos serviços de atenção terciária em saúde. A visão materna sobre a experiência de adoecimento crônico engloba vivências pouco estudadas pelo setor profissional. Esse setor precisa reconhecer, formalmente, o saber materno e agregá-lo ao seu, para oferecer uma atenção à saúde de doentes crônicos, no caso em tela, os fibrocísticos, que não conte apenas com a assistência técnica, mas, também, a afetiva e, assim, amplie as ações de acolhimento de base coletiva. |