Higiene, educação e assistência na experiência do Asilo de Meninos Desvalidos (1875-1889)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Braga, Douglas de Araújo Ramos
Orientador(a): Edler, Flavio Coelho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20460
Resumo: Na segunda metade do século XIX, a criança desvalida tornou-se objeto de atenção de diversos saberes, objeto de novas legislações e alvo de instituições criadas especificamente para este público, caso do Asilo de Meninos Desvalidos, inaugurado em 1875. Na instituição, criada em meio a projetos reformadores e ideias de civilização e progresso, meninos órfãos ou cujos pais e responsáveis não tivessem condições de educa-los recebiam a instrução primária e aprendiam ofícios, preparando uma mão-de obra para posições subalternas baseadas no trabalho manual. Entretanto, a análise das fontes demonstrou que os processos de admissão e desligamento dos meninos do Asilo envolviam diversos atores, com diferentes interesses, apontando para um papel ativo dos familiares e membros da elite imperial nestes procedimentos, e que podem ter influenciaram o projeto do Asilo ao longo de sua existência. Por outro lado, o séculoXIX é apontado como período da institucionalização da Medicina no Brasil. Discutindo com uma perspectiva que enfatiza o poder médico e a atuação dos higienistas, novas abordagens vêm demonstrando a complexidade da Medicina no período imperial, e os diversos limites da ação da Higiene na época. Nesse sentido, o presente estudo é um esforço de discutir a dinâmica da instituição, os atores sociais envolvidos, além de analisar se princípios defendidos pelos higienistas estiveram presentes na experiência do Asilo de Meninos Desvalidos durante a sua existência na época do Império, entre 1875 e 1889.