Demência como fator de risco para queda seguida de fratura grave em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Carvalho, Aline de Mesquita
Orientador(a): Coutinho, Evandro da Silva Freire
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5017
Resumo: As quedas entre pessoas idosas constituem um dos principais problemas clínicos e de saúde pública devido à sua alta incidência, às consequentes complicações para a saúde e aos altos custos assistenciais. Para que sejam traçadas medidas preventivas efetivas, é preciso identificar os fatores de risco para tais eventos. Um estudo caso-controle foi realizado com o objetivo de investigar a associação entre demência e queda seguida de fratura grave entre idosos atendidos em 5 hospitais da rede pública do município do Rio de Janeiro. Cento e trinta e nove casos foram pareados por sexo, idade e hospital de admissão com 265 controles, todos com 60 anos ou mais e residentes na cidade do Rio de Janeiro. Neste estudo buscou-se ainda identificar as circunstâncias envolvidas nas quedas. Finalmente, de posse dessas informações, fornecer subsídios para programas de prevenção. Setenta e três por cento dos casos eram do sexo feminino. Apenas 10% das quedas ocorreram de madrugada, sendo que o restante distribuiu-se igualmente nos outros períodos do dia. O principal local de ocorrência foi o domicílio, em especial para o idoso dementado. Entre os idosos que sofreram quedas, havia uma proporção maior de viúvos, enquanto entre os controles a maioria era casada. Ainda em comparação com os controles, os casos eram mais magros, haviam sofrido mais quedas no ano anterior, faziam mais uso de tabaco, café e álcool, e haviam consumido mais benzodiazepínicos e miorrelaxantes, e menos diuréticos, digitálicos e anti-ácidos nas 24 horas que antecederam a queda. Finalmente, foi identificado um risco aproximadamente 80% maior de quedas seguidas de fraturas graves entre indivíduos com demência (OR=1,82; IC 95% 1,03 - 3,23 e p=0,04), mesmo quando controlados os efeitos das variáveis sexo, idade, estado conjugal, estado de saúde, consumo de álcool, consumo de medicamentos e ocorrência de quedas no ano anterior.