Desenvolvimento e validação de metodologia bioanalítica por LC-MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vilhena, Leandro Schiavo
Orientador(a): Amendoeira, Fábio Coelho, Fonseca, Laís Bastos da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53192
Resumo: A hepatite C é uma doença causada pelo vírus da hepatite C (HCV) e acomete pessoas em todo o mundo. O Relatório Global sobre as Hepatites (2017) publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que, em 2015, havia 71 milhões portadores de hepatite C crônica. No Brasil, a estimativa é que 1,4 a 1,7 milhões de pessoas são afetadas pelo vírus HCV. A hepatite C e outras hepatites virais constituem um grande problema global de saúde pública e precisam ser erradicadas. Atualmente, não existe vacina para a hepatite C. Logo, a prevenção e o tratamento são importantes ferramentas no combate à doença. Segundo a OMS, apenas 5,5 milhões de pessoas receberam tratamento para a hepatite C e o número de pessoas que receberam tratamento com antivirais de ação direta é ainda menor: apenas meio milhão de pessoas. Estes fármacos de ação direta incluem o sofosbuvir, o ledipasvir, o daclatasvir e outros compostos os quais são melhor tolerados e mais efetivos. Este trabalho objetivou desenvolver e validar uma metodologia bioanalítica para quantificar o sofosbuvir em plasma humano segundo as diretrizes da Resolução RDC nº 27 de 17/maio/2012, o guia de validação de métodos bioanalíticos editado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e aplicar o método a um estudo de farmacocinética na população brasileira. Uma metodologia utilizando a extração líquido-líquido com éter metil terc-butílico/acetato de etila (70:30) v/v foi desenvolvida e empregada para extrair o sofosbuvir e o padrão interno cimetidina da matriz biológica. A análise foi executada utilizando uma coluna Gemini® NX C18 4,6 mm x 50,0 mm, 5µm de tamanho de partícula (Phenomenex®, Torrence, USA) A separação cromatográfica foi realizada utilizando uma fase móvel composta por (solvente A) 0,1 % ácido fórmico em água e (solvente B) metanol/acetonitrila (80:20) v/v, solvente A/solvente B (30:70) v/v. O tempo de corrida foi de 2,5 min. A detecção ocorreu por espectrometria de massas utilizando a técnica de varredura denominada monitoramento de reações mútliplas (MRM). As transições selecionadas para análise foram m/z 529,9>242,8 para o sofosbuvir e m/z 253,0>116,9 para a cimetidina. A faixa linear de trabalho utilizada neste trabalho foi de 0,50-1000,00 ng/mL de sofosbuvir em plasma. As curvas de calibração foram construídas aplicando-se a regressão linear utilizando o método dos mínimos quadrados com a ponderação de 1/x2. Uma vez que o método foi desenvolvido e validado, ele pode ser aplicado no estudo de farmacocinética após a administração oral de 400 mg de sofosbuvir em 69 voluntários. O sangue foi coletado em 22 tempos de coleta pré-determinados: 0h:00 min, 0h:05 min, 0h:10 min, 0h:15 min, 0h:20 min, 0h:30 min, 0h:40 min, 0h:50 min, 01h:00 min, 01h:15 min, 01h:30 min, 01h:45 min, 02h:00 min, 02h:30 min, 03h:00 min, 03h:30 min, 04h:00 min, 04h:30 min, 05h:00 min, 06h:00 min, 08h:00 min and 10h:00 min. Então, foram obtidos os parâmetros farmacocinéticos do sofosbuvir na população brasileira os quais, para a surpresa dos autores, mostraram grandes diferenças quando comparados a outras populações