As práticas de cuidado produzidas pelas equipes de consultório na Rua no Distrito Federal: características e desafios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Machado, Marcelo Pedra Martins
Orientador(a): Damásio, Fabiana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49270
Resumo: No ano de 2011 foram criadas as equipes de Consultório na Rua (eCR), com o objetivo de prestar atenção integral à saúde da população em situação de rua. Estas equipes atuam hoje em quase todo o território nacional, tendo poucas bases conceituais e técnicas para orientar as suas práticas. Este estudo objetiva analisar as práticas de cuidado realizadas pelas eCR, no Distrito Federal, de modo a identificar suas principais características, ofertas de cuidado e condições em que se desenvolvem. A pesquisa utilizou a perspectiva da Pesquisa Clínica (André Lévy) com base na abordagem qualitativa, que utilizou como estratégias de produção de dados entrevistas semiestruturadas, questionários e o Café Mundial, analisando os dados produzidos à luz da Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados apontaram, entre outras questões, para a necessidade de revisão ou aprofundamento de questões mais objetivas da organização do processo de trabalho destas equipes pelos órgãos oficiais do governo. No âmbito da gestão foi evidenciada a necessidade de construção de agendas de gestão que tentem garantir processos de institucionalização das eCR como forma de dar maior sustentabilidade a esta política pública, a articulação intra e intersetorial, particularmente entre AB/APS e Saúde Mental e AB/APS e Assistência Social, além da agenda de formação dos trabalhadores, pela via da Educação Permanente. Ao cabo, este estudo propõe um deslocamento da palavra acesso para a palavra instrumentalização como estratégia de agregar resolutividade e qualidade, aos avanços já produzidos pelo acesso oportunizado pelos Consultórios na Rua.