Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Baptista, Fernanda Pereira |
Orientador(a): |
Moreira, Maria de Fátima Ramos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24688
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Resumo: |
O cromo é um metal de grande importância por ser amplamente utilizado em atividades industriais, como por exemplo, curtumes e fabricação de aço inoxidável. O Cr (III) é essencial para os seres-humanos, pois participa do metabolismo da glicose, enquanto o Cr (VI) é classificado pela IARC como carcinogênico. Nos curtumes, o sal Cr2(SO4)3 é utilizado durante a etapa de curtimento e o metal, apesar de encontrar sob a forma de Cr(III), pode seroxidado a Cr(VI) durante algumas reações químicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a exposição ambiental ao cromo da população residente no entorno de curtumes em Candeias do Jamari, município de Rondônia. Um grupo de pessoas residentes próximo aos curtumes foi comparado com um grupo de moradores do município de Itapuã do Oeste, RO. A metodologia para a determinação de cromo em urina foi validada por espectrometria de absorção atômica eletrotérmica. O uso de temperaturas de pirólise e de atomização iguais a 1400°C e 2100°C, respectivamente, urina diluída 1+2 em HNO3 0,2% (v/v) e modificador químico Mg(NO3)2 0,10% (v/v) permitiram que a melhor sensibilidade fosse alcançada. O cromo se mostrou linear até 30 µg L-1 na urina e a razão de sensibilidades apontou para a existência de efeito de matriz, 1,04 ± 0,10, o que impossibilita a calibração aquosa. O limite de detecção (3σ) calculado foi de 0,07 ± 0,001 µg L-1, enquanto que a exatidão foi verificada pela análise de material de referência para urina. O método foi aplicado na determinação de cromo em 42 amostras de urina da população e 49 águas de consumo, do rio Candeias do Jamari e do reservatório de Samuel, locais de despejo dos efluentes dos curtumes e reservatório de água para consumo do grupo de comparação, respectivamente. A concentração de cromo encontrada foi de 0,24 ± 0,22 nos expostos e de 0,13 ± 0,07 µg L-1 no grupo de comparação. Na água do rio Candeias do Jamari, o teor de cromo ficou em 212,38 ± 666,29, e foi de 0,27 ± 0,22 µg L-1 no reservatório de Samuel. As águas para consumo de ambos os grupos ficaram dentro do limite de 50 µg L-1, estabelecido pela resolução CONAMA nº 357. Os níveis do metal nas amostras de urina dos dois grupos não se mostraram estatisticamente diferentes (p = 0,087; IC 95%) de acordo com o teste t de Student assim como a concentração de Cr-U e as variavéis “tipo de fornecimento de água” (p = 0,170; IC 95%) e “sexo” (p = 0,593; IC 95%). O resultado da correlação de Pearson, porém, indicou uma associação positiva (r=0,297 e p=0,033). O estudo mostra que concentrações mais elevadas de cromo na urina estão associadas ao tempo de residência e com o passar dos anos poderá haver diferença estatística entre as concentrações de cromo na urina do grupo expostos e não exposto. |