Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Verona, Carlos Eduardo da Silva |
Orientador(a): |
Araújo, Adauto José Gonçalves de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4462
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Resumo: |
O contato crescente entre os animais selvagens com os domésticos e os seres humanos tem possibilitado o aumento do trânsito de parasitos entre as espécies. A cidade do Rio de Janeiro, por sua geografia e forma de desenvolvimento urbano, somado a presença do Parque Nacional da Tijuca (PNT) no meio da área urbana, estimula hábitos em seus habitantes e possibilita o contato das pessoas com áreas naturais de uma forma mais ampla do que em outras grandes cidades. Este Parque abriga uma série de espécies autóctones e exóticas, como o sagüi-de-tufo-branco (Callithrix jacchus), originário da região nordeste. Os primatas da família Cebidae são considerados pela Fundação Nacional de Saúde como hospedeiros ou reservatórios de parasitos com potencial risco biológico, merecendo atenção da Coordenação de Vigilância e Controle dos Fatores de Risco Biológico (Cofab). O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo das infecções por fungos, bactérias e helmintos em Callithric jacchus, que possam transitar, por intermédios desta espécie para os seres humanos. Escolhendo-se áreas do interior do PNT, áreas urbanas e animais provenientes de cativeiro, foram realizadas comparações para observação dos diferentes parasitos circulantes. 65 espécimes foram analisados, sendo 34 do Parque Nacional da Tijuca, 11, de áreas urbanas e 20 provenientes de cativeiro, por meio de exames clínicos e laboratoriais, para pesquisa hemoparasitos, levantamento de flora bacteriana e fúngica. 27,7% dos animais do estudo apresentaram problemas dentários e no PNT foi diagnosticadas microfilárias em 29,4%, Trypanosoma minasense em 47% dos animais e T. devei em 5,9%. Somente foram encontrados espécies de fungos saprófitas, porém a flora bacteriana, além das saprófitas apresentou Campylobacter jejuni tipos I e II e Salmonela newland, como espécies que merecem atenção. O poliparasitismo de helmintos foi observado em 88,5% dos animais da pesquisa com o número de espécies variando entre duas e doze, sendo 53,9% dos animais infectados por duas a três espécies. Ovos de Prostenorchis elegans (Acantocephala) e Physalopteroidea foram os mais freqüentes nas amostras de fezes. O aumento do contato entre seres humanos e o C. jacchus em vida livre tem mostrado que o sentido de transmissão de doenças zoonóticas pode ser tanto dos animais para os seres humanos, quanto no sentido oposto. O estudo e conhecimento dos parasitos de C. jacchus em vida livre no Rio de Janeiro colabora para a construção de um perfil epidemiológico da saúde ambiental, o qual poderá ser utilizado em ações preventivas. |