Avaliação da toxicidade oral aguda de um análogo de mexiletina candidato a fármaco antiasmático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bravin, Jussara Simmer
Orientador(a): Amendoeira, Fábio Coelho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39284
Resumo: A asma é uma doença crônica de repercussão mundial, e definida como uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e elementos celulares têm participação. É uma síndrome respiratória complexa, com diferentes fenótipos clínicos em adultos e em crianças, cujos principais sintomas são os episódios de sibilos, dispnéia, aperto no peito ou desconforto torácico e tosse, decorrentes da hiper-responsividade das vias áreas, com produção intensa de muco e consequente broncoespasmo com obstrução reversível ao fluxo aéreo. Casos cujo remodelamento brônquico seja refratário aos medicamentos é o maior desafio clínico, pois risco real de agudização que pode levar o paciente ao óbito. O presente trabalho avaliou a toxicidade oral aguda de uma nova molécula, análoga a mexiletina, desenvolvida pela equipe de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz e Farmanguinhos da Fiocruz, codificada como JME-173, com potenciais de ação miorrelaxante brônquica. Utilizou o Guia de Condução de Ensaios Não Clínicos da ANVISA e o Guia da OECD nº 420. Para este estudo foram utilizados ratos Wistar e coelhos Nova Zelândia albino, de ambos os sexos, nas doses de 5 mg/kg; 50 mg/kg; 300 mg/kg e 2000 mg/kg; com n=5 por grupo. Avaliou-se: ganho de peso final, ingestão de alimento, sinais clínicos pré-estabelecidos, hematologia e bioquímica séricas e exame anatomopatológico. Não ocorreu óbito e não houve surgimento de sinais clínicos relacionados à toxicidade. Observou-se nos seguintes parâmetros alterações estatisticamente significativas em relação ao grupo controle e fora da faixa de variação laboratorial: aumento do hematócrito em coelhos machos, aumento dos leucócitos em coelhos fêmeas, aumento do sódio em ratos machos, aumento da uréia em coelhos fêmeas, diminuição da proteína sérica em coelhos machos. Demais parâmetros se encontravam dentro da faixa de variação da referência laboratorial. Houve aumento do tamanho do coração e diminuição tamanho do timo que não implicaram em alterações clínicas. Os resultados encontrados sugerem que a molécula JME-173 poderá ser classificada de acordo com a orientação GHS como categoria 5, pela ausência de óbitos e de sinais clínicos de toxicidade oral aguda, sendo forte candidata à continuidade dos estudos pré-clínicos, visando cumprimento regulatório da ANVISA necessários seu desenvolvimento e futura comercialização.