Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2006 |
| Autor(a) principal: |
Bernardi, Maristela |
| Orientador(a): |
Codeço, Claudia Torres |
| Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
| Tipo de documento: |
Dissertação
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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| Departamento: |
Não Informado pela instituição
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| País: |
Não Informado pela instituição
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| Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5223
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Resumo: |
OBJETIVOS: O objetivo desta dissertação foi estimar o tempo de sobrevida e seus principais preditores em pacientes diagnosticados com AIDS pelo critério CDC, acompanhados na Policlínica de Especialidades CPN, no município de Niterói-RJ, no período de 1993 a 2000. METODOLOGIA: De um total de 936 prontuários encontrados de pacientes com HIV/AIDS acompanhados na Policlínica de Especialidades CPN, foram excluídos do estudo 256 pacientes por não apresentarem diagnóstico de AIDS, 126 pacientes diagnosticados exclusivamente pelo critério Rio de Janeiro/Caracas e 51 pacientes censurados por apresentarem menos de 30 dias entre a data do diagnóstico e do óbito. Foram analisados 503 pacientes diagnosticados pelo critério CDC 1993, sendo que, para a análise da sobrevida, foram excluídos 21 pacientes com data de diagnóstico anterior a 1993, ano inicial do estudo. A sobrevida foi considerada como o tempo transcorrido entre a data de diagnóstico e o óbito (evento), sendo a censura definida para os pacientes com perda de seguimento ou que permaneceram vivos até dezembro de 2005, com data de censura igual à do último atendimento. A sobrevida foi descrita pelo método Kaplan-Meier, sendo comparadas as funções de sobrevida das categorias das variáveis pelo teste "log-rank" ou Peto. Foram ajustados quatro modelos a partir de variáveis cujas diferenças foram significativas na análise com o método Kaplan-Meier, sendo escolhido o que apresentou maior poder de explicação. RESULTADOS: Encontrou-se, para o percentil 75, um tempo de sobrevida geral de 30,4 meses. Quando comparados os períodos de 1993-1995 (anterior à HAART) e 1996-2000 (posterior à HAART), encontrou-se uma sobrevida de 16,7 meses para o primeiro período e de 39,5 meses para o segundo período, significativamente diferentes. Não foi observada associação entre sexo e sobrevida. Foi observado um risco maior de morrer entre os pacientes com menos de 8 anos de escolaridade (em relação aos mais escolarizados). Homo-bissexuais (masculinos) apresentaram sobrevida maior que as demais categorias de exposição. Quem atingiu, enquanto esquema final, a HAART apresentou um aumento de sobrevida aproximadamente 20 vezes maior do que quem não utilizou nenhum medicamento. Na análise dos riscos de Cox, as únicas variáveis que apresentaram significância estatística foram a escolaridade superior a 8 anos e a utilização de terapia HAART. CONCLUSÃO: O estudo aponta para o grande impacto da terapia HAART na sobrevida de pacientes diagnosticados com AIDS atendidos na Policlínica de Especialidades CPN, corrobora outros estudos de base hospitalar conduzidos no Brasil e reforça a importância da Política Nacional de acesso gratuito a medicamentos para o tratamento da AIDS. A escolaridade também se mostrou um determinante central da sobrevida. Como a baixa escolaridade está associada à baixa renda, este estudo aponta para diferentes impactos do tratamento nas diferentes classes sociais, em detrimento dos mais pobres e com menor educação formal. |
