Substratos neuropatológicos das alterações do sistema nervoso central relacionadas à infecção pelo HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Schiavotelo, Nathalia Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-04012017-091827/
Resumo: INTRODUÇÃO: Embora a mortalidade geral tenha diminuído na era da terapia antirretroviral de alta potência (TARVAP), o envolvimento do Sistema Nervoso Central (SNC) ainda é elevado nos pacientes com infecção pelo HIV. O estudo sobre possíveis correlações entre neuroinfecções, a presença de déficts neurocognitivos e o uso da TARVAP é importante para se avaliar os efeitos de longo prazo do tratamento com drogas antirretrovirais em uma população. Desta forma, são necessários estudos para se avaliar a neuropatologia da infecção pelo HIV e os efeitos do tratamento bem como a adesão ao mesmo. OBJETIVOS: Analisar a frequência e o tipo de infecções oportunistas e da infecção crônica pelo HIV no SNC na era pós-TARVAP, de pacientes necropsiados em um hospital universitário, no período de 2007 a 2014. Nestes casos, avaliar o substrato neuropatológico de pacientes com Aids e histórico clínico de demência. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados os achados dos exames neuropatológicos de 123 encéfalos de pacientes autopsiados com AIDS no Serviço de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP/USP), seus dados clínicos e respectivos os laudos necroscópicos. RESULTADOS: Dos 123 casos analisados, 73 (59,3%) eram do sexo masculino e a média de idade foi de 40,56 anos. Destes, 69 (56,1%) tiveram neuroinfecções causadas por agentes oportunistas, sendo a neurotoxoplasmose a mais prevalente. Da correlação entre a contagem de células CD4 e o uso da TARVAP houve diferença significativa para uma delas, àquela que foi analisada como sendo a terceira mais próxima da data do óbito (p = 0,03). Apenas 6 pacientes fizeram uso regular da TARVAP no decorrer da doença e nenhum deles apresentaram neuroinfecções durante o tratamento. CONCLUSÕES: Podemos concluir que mesmo na era pós TARVAP as infecções no SNC causadas por agentes infecciosos permanecem presentes e no caso da população estudada podem estar correlacionadas com a baixa adesão ao tratamento.