Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Daiana Mateus da |
Orientador(a): |
Ferreira, Aldo Pacheco |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59254
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Resumo: |
Entende-se gênero como uma categoria, um marcador social com o qual se constroem atitudes, expectativas e comportamentos onde a sociedade define os valores de referência e o padrão de normalidade, vigentes numa determinada época. Os comportamentos esperados para as pessoas vão sendo moldados a partir das demandas sociais, econômicas, religiosas e culturais e estão em constante transformação. A população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), devido a diversidade, que se opõe ao padrão heteronormativo, é constantemente exposta a vulnerabilidades fundamentadas nas práticas preconceituosas do entendimento da sexualidade binária, e assim, submetida a situações de vulnerabilidade. Mesmo com o advento da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, percebemos uma incoerência na prática da garantia desses direitos relacionados ao acesso e qualidade relacionados a saúde. Na prática profissional, o enfermeiro está presente do primeiro ao último atendimento aos usuários e deve compreender que uma assistência inadequada aumenta as vulnerabilidades e discriminação. Justificando uma premente necessidade de atualização e atenção quanto à diversidade sexual e de gênero, uma vez que o atendimento à população LGBT ainda ocorre numa lógica de heterossexualidade presumida, discriminação e dificuldade na criação de vínculos. Pessoas que se encaixam neste contexto, possuem necessidades específicas de saúde, demandam serviços que ofereçam abordagem multiprofissional além de compartilharem de necessidades comuns a qualquer pessoa, como a adoção de hábitos de vida saudáveis, prevenção e rastreamento de doenças, tratamento e reabilitação. Com base nesse interesse de estudo e inquietações, emergem as questões norteadoras que mobilizam tal pesquisa, tais como: Levando em conta as vivências do ambiente hospitalar, como você percebe o corpo do cliente e como é a sua relação com este corpo que recebe os cuidados de enfermagem? O enfermeiro está preparado para assistir à população LGBT? Quais as melhores práticas de enfermagem podem ser adotadas pelo enfermeiro? O enfermeiro tem conhecimento dos riscos de uma assistência ineficaz para a população LGBT? Este foi um estudo qualitativo desenvolvido por meio de questionário a 17 enfermeiras atuantes no Hospital da Mulher- Barra Mansa. Para a análise dos questionários utilizou-se o método análise do discurso, pois a mesma trabalha com o sentido. Os resultados apontam como principais dificuldades no acesso a saúde integral e na qualidade do atendimento prestado o preconceito, a discriminação, o despreparo dos profissionais, em relação as suas especificidades, potencializando o afastamento dos serviços de saúde e assistência ineficaz. |