Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Veltri, Eduardo Raul Pereira |
Orientador(a): |
Santos, Eduardo Caio Torres dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39497
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Resumo: |
A leishmaniose é um grave problema de saúde pública, sendo considerada uma doença extremamente negligenciada, para a qual ainda não existe vacina licenciada para uso em humanos e o tratamento é caro e tóxico. Na busca para o desenvolvimento racional de novos fármacos, a escolha de um alvo seletivo no parasito é essencial. Enquanto os mamíferos produzem colesterol, os tripanossomatídeos produzem esteróis com esqueleto ergostano, como o ergosterol. O passo divergente da via dos parasitos é a transferência de um grupamento metila da S-adenosilmetionina (SAM) para o carbono 24 de esteróis com estrutura colestano, formando uma ramificação no C24 não existente nos esteróis de mamíferos, catalisado pela enzima esterol 24-C-metiltransferase (ERG6). Sendo assim, é proposta do presente trabalho estabelecer uma estratégia para a prospecção de fármacos inibidores da enzima ERG6 de Leishmania spp. Para esse objetivo, preparamos cepas de L. infantum e L. amazonensis que superexpressam a ERG6. A confirmação da expressão gênica aumentada em ambas cepas de Leishmania foi confirmada por PCR quantitativo (qPCR) em diferentes condições experimentais Em seguida, essas cepas foram utilizadas para realização de triagem de fármacos. Promastigotas e amastigotas de Leishmania spp. superexpressando ou não o alvo estudado foram incubados com os diferentes compostos por 72h. Promastigotas de L. amazonensis superexpressando a ERG6 se tornaram resistentes aos azapterocarpanos LQB 333, 336, 339 e 341, e a cepa recombinante de L. infantum se tornou resistente às substâncias LQB 336, 339, 341 e 343. Em relação aos azasteroides, todos os derivados da série ND apresentaram atividade leishmanicida contra as formas promastigotas de Leishmania spp. Além disso, promastigotas e amastigotas de L. infantum que superexpressam a enzima alvo se tornaram resistentes quando tratadas com as substâncias ND-1 e ND-2. As amastigotas de L. amazonensis que superexpressam a ERG6 também se tornaram resistentes à ND-1 e ND-2. Os resultados apresentados neste trabalho indicam que o mecanismo de ação dos azapterocarpanos e os azasteroides destacados acima pode ser a inibição da ERG6. |