Avaliação da exposição ao benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX) em trabalhadores expostos ocupacionalmente, no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Figueiredo, Victor Oliva
Orientador(a): Alves, Sérgio Rabello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31148
Resumo: As contaminações ambientais e a exposição ocupacional à gasolina e aos outros combustíveis, que preocupam as autoridades de Saúde e Ambiente, atingem um grande número de trabalhadores e residentes do entorno dos postos de revenda de combustíveis (PRC). A gasolina é uma mistura complexa de substâncias, dentre elas os hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos, como benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX), sendo esses compostos emitidos para atmosfera. Este trabalho objetivou realizar avaliação ambiental em PRC localizados nos bairros de Paciência, Santa Cruz e Sepetiba, da região metropolitana do Rio de Janeiro, determinando as concentrações de BTEX no ar do ambiente de trabalho. Para isso foram realizadas a amostragens passiva e ativa tendo como base a metodologia NIOSH 1501 (2003). Foram adotadas três estratégias de amostragem: i- amostradores passivos foram dispostos junto à lapela do uniforme dos trabalhadores; ii- amostradores ativos foram posicionados próximos às bombas, a uma altura média da zona de respiração de cerca de 1,50 m do solo; iiiamostradores ativos também foram fixos na lapela dos trabalhadores. Os resultados encontrados na amostragem passiva foram inferiores aos limites de quantificação. As amostragens ativas, nos trabalhadores de PCRs, as faixas de concentração encontradas foram: Benzeno (6,09–513,10 µg m-3 ), Tolueno (14,20–316,32 µg m-3 ), Etilbenzeno (38,45–71,31 µg m-3 ) e Xilenos (12,57–4738,45 µg m-3 ) e na amostragem ativa realizadas nas bombas as faixas de concentração foram: Benzeno (7,49–311,06 µg m-3 ), Tolueno (7,48–80,5 µg m-3 ), Etilbenzeno (6,83–19,70 µg m-3 ) e Xilenos (5,47 – 18,49 µg m-3 ) e nos trabalhadores das guaritas: Benzeno (<LQ), Tolueno (288,53 µg m-3 ), Etilbenzeno (31,8 µg m-3 ) e Xilenos (4,74–23,11 µg m-3 ) e na amostragem ativa realizadas nas bombas as faixas de concentração foram: Benzeno (<LQ), Tolueno (12,6 µg m-3 ), Etilbenzeno (17,98 µg m-3 ) e Xilenos (<LQ – 12,52 µg m-3 ). Contudo a exposição ao BTEX identificada nos PRCs avaliados, mesmo sendo a baixas concentrações, resulta em um risco de câncer (CR) para benzeno acima dos limites estabelecidos por agências como a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC/WHO) e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA/USA). A comparação entre os níveis de benzeno e de seu biomarcador, o ácido trans, transmucônico (AttM), não apresentou correlação significativa.